Análise Especial Ponte Preta: o inferno é logo ali. Por Marcos Sambo

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Estamos no meio do mês de março. E a catástrofe anunciada já se abateu pelos lados do Moisés Lucarelli.

A atual equipe protagonizou o pior vexame em dérbis nos últimos 60 anos, perdendo de seu maior rival por 3 x 0, placar que não ocorria desde o início dos anos 60. Fora o baile.

Mesmo precisando desesperadamente de verbas, o clube foi bisonhamente eliminado na primeiríssima rodada da Copa do Brasil, o torneio que distribui mais dinheiro no ano. Milhões de reais foram para o ralo por causa de um elenco mambembe e desequilibrado, para não ser muito mal-educado.

Não bastasse isso, o time vai entrar na última rodada da fase de classificação do campeonato paulista na zona do rebaixamento com os dois pés na série A2. Precisa de uma vitória contra o Ituano e, não apenas isso; precisa também torcer pela combinação de outros resultados, principalmente dos jogos envolvendo a Ferroviária. Quando a situação chega nesse ponto vocês já sabem o que acontece, né?!

A atual diretoria assumiu faz algumas semanas e já realizou todos esses resultados. Se fosse em uma empresa privada, certamente o presidente e os diretores já teriam sido mandados ao RH faz tempo.

Todavia, como se trata da Ponte Preta, lugar onde se premia a ineficiência e bizarrice, está tudo normal.

Jogadores sem a mínima qualidade técnica continuam sendo escalados. Alguns que mal conseguem acertar um passe a uma distância de 3 metros. Chutes a gol é outro problema. A média de ataques por jogo é ridícula. A equipe chuta menos de duas vezes a gol por jogo, em média.

Em 11 jogos disputados, os “atacantes” conseguiram passar em branco mais da metade deles. Em seis jogos, o time não marcou nenhum gol nas derrotas contra: Palmeiras, São Bernardo, Guarani, Botafogo, Água Santa e Corinthians.

Niltinho tem uma ficha corrida de mais de 40 jogos pelo clube e nenhum gol marcado. E a torcida ainda pede o cara em campo. É pra acabar.

Kevin é um ex-jogador em atividade. Fraquíssimo em todos os fundamentos.
Fabrício falha muito, é instável e sempre está na escalação. Tivessem feito um esforço e mantido Rayan no elenco, a defesa certamente estaria em melhores mãos. Por muito menos também tiraram Fábio Sanches do time e nunca mais lembraram dele.

O lateral esquerdo Guilherme Santos, bem ou mal, tinha dado certa estabilidade no seu setor. Machucou e nunca mais soube-se dele.

Duas derrotas têm CPF e DNA de Moisés Ribeiro e Dedé, contra o São Paulo e o Água Santa, respectivamente. Foram entregues como presentes meses antes do Natal.

Outro detalhe que faz toda a diferença. A Ponte é um dos poucos times do campeonato que não tem um armador de jogadas. Até o caçula São Bernardo tem o Vitinho e a Macaca acredita que com Fessin ou Matheus Anjos vai conseguir sair do chão. Jogadores mais do mesmo, que já trazem no currículo a fama de derrotados.

É por essas e por outras que o time caiu de bico no precipício.

Falta de planejamento, falta de dinheiro, falta de criatividade, falta de gestão, falta tudo na Ponte Preta e sobram problemas.

Como diziam os antigos, em casa que falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão.
O inferno é logo ali.

(Artigo de autoria de Marcos Sambo- Especial para o Só Dérbi- Foto de Lucas Figueiredo-CBF)