Análise: futebol campineiro só tem pose. Soberba para dar e vender. E não se emenda. Até quando?

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Esqueça a classificação ás quartas de final diante do Mirassol. Ignore o saldo de sete derrotas em 12 jogos.

Fato único e incontestável: o Guarani terminou a fase inicial com 14 pontos. A Ponte Preta com 13.

Alguns podem alegar que cada um tem um motivo para se alegrar.

Os bugrinos por chegarem em fase decisiva enquanto que os adeptos da Alvinegra venceram mais um dérbi.

Alegria para todos os gostos. Claro para quem quer ser enganado.

Não precisa ser genial para chegar a conclusão de que o quadro vivido pelo futebol campineiro é grave.

Basta verificar que a Ferroviária, detentora de calendário de Série D, somou 21 pontos. Conseguiu a classificação e uma pontuação melhor que a da dupla campineira. Ou que o Mirassol,  com infraestrutura melhor, somou 18 pontos. E o Novorizontino? Ficar fora das quartas de final não esconde os seus 19 pontos acumulados.

O futebol campineiro, no fundo, só tem pose. Duas familias quatrocentonas falidas e que querem esconder fracassos. Dirigentes de situação e oposição envolvidos em suas próprias vaidades. Contingentes de torcedores ainda relutantes em aceitar a realidade e que por vezes reivindicam contratações inacessíveis. Estádios sucateados. Discursos vazios.

Nas décadas de 1970 e 1980, éramos protagonistas; de 1991 a 2000 fomos coadjuvantes de luxo; Na primeira década do Século 21, ficamos satisfeitos com participações especiais. Agora, caminhamos para sermos figurantes. Seja no Paulistão, que é uma novelinha Malhação do Mundo da Bola, ou na Série B, que é a novela das 19h. Retorno aos bons tempos? Sem perspectivas. Não há como ter esperança com essa tonelada de atores canastrões.

(Elias Aredes Junior-foto de Alvaro Junior-pontepress)