Balanço financeiro e a dura realidade do processo de destruição de um clube bancado pelos dirigentes nos últimos 20 anos

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A assembleia de sócios do Guarani aprovou na quarta-feira as contas referentes ao ano contábil encerrado no dia 31 de dezembro de 2020. Daqueles que estavam aptos a votar, 90 sócios votaram pela aprovação;desse total  11 optaram pela aprovação total, sem ressalvas; outros 69 conselheiros optaram pela aprovação com ressalvas.  Outros 10 escolheram a  aprovação, sem apontar uma das duas opções.

Os oposicionistas totalizaram 10.

A letra fria diz que isso é uma boa noticia. Em termos.

Ao analisar a documentação, não faltam motivos para preocupação. Primeiramente pelo déficit que totaliza R$ 17.523.414,16, sendo que desse total, 78% se referem a contingências judiciais. Ou seja, o Guarani paga conta pelo seu passado de incompetência e falta de zelo.

O presente também preocupa se levarmos em conta que o total de dividas trabalhistas saltou de R$ 10 milhões em 2019 para R$ 16 milhões em 2020. Times modestos não evitaram o aumento do bolo.

A triste conclusão: por anos e anos, mesmo se fizer tudo certo, o Guarani está condenado a montar times modestos e sem ambições. Precisa ser bafejado pelo destino.

Salto de qualidade? Só há uma saída: o aparecimento um visionário, um estadista, uma pessoa capaz de mobilizar a torcida, convencer investidores  da validade de se investir no Guarani e saiba conduzir um trabalho impecável que colha frutos no gramado. Não há nada disso no Horizonte.

Os dirigentes que passaram no Brinco de Ouro nos últimos 20 anos conseguiram o que parecia inimaginável: destruíram administrativamente um clube com vocação para gigante. Inacreditável. E lamentável.

(Elias Aredes Junior)