A Federação Paulista de Futebol determinou para o dia 16 de março de 2020 a realização dérbi 196. Será uma segunda-feira e começará as 20 h no estádio Brinco de Ouro. Reta final da competição.
Entendo o inconformismo de alguns torcedores bugrinos e pontepretanos. Queriam o clássico no sábado ou no domingo em horário nobre. É preciso entender o atual contexto do futebol para decupar com exatidão a decisão.
Futebol é negócio. Grana. E boa parte desses recursos são provenientes da televisão que paga uma quantia considerável. No caso de Ponte Preta e Guarani é parte substancial da receita.
E as emissoras de televisão querem preencher a sua grade com produtos atraentes. Se marcaram para a segunda-feira, certamente com transmissão do Sportv e antes do programa de debates comandado por Galvão Bueno, certamente porque consideram o dérbi uma grife.
Diante de tanta incompetência nos dois gabinetes, é quase um milagre tal característica não ter sido destruída. Dar tal deferência deveria ser motivo de festa. Sinal que o dérbi tem um valor que muitos não imaginam.
As forças de segurança respiram aliviadas. A instituição da torcida única não bloqueia a necessidade de tomar conta dos arredores e bairros em que podem ocorrer conflitos. Um confronto na segunda-feira, em pleno dia útil, dificulta as ações de vândalos que querem barbarizar. Lógico, vai prejudicar o deslocamento dos bugrinos.
Só que de vez em quando é preciso pensar e refletir se uma medida é realmente 100% prejudicial.
(Elias Aredes Junior)
