O Guarani vai para a reta final de sua preparação com uma marca triste: nos primeiros 180 dias do ano conseguiu apenas cinco vitórias nas 23 vezes que entrou em campo. E quatro delas foram sob o comando de Osmar Loss. Sim, o mesmo que saiu pelas portas do fundos após ser goleado no dérbi no Majestoso por 3 a 0. Fato é que o Alviverde tem cinco pontos, está na zona do rebaixamento e está com uma vitória na competição nacional.
Uma equipe que perde 13 dos 23 jogos que disputou não tem o direito de colocar a culpa apenas nos treinadores. Esse desempenho tenebroso tem sócios.
Errou Palmeron Mendes Filho e seu Conselho de Administração ao brigar com todas as alas políticas do clube e conturbar o ambiente. Não está sozinho. Horley Senna poderia ter sido mais comedido nos seus embates e evitar o estágio atual, de um clube sem Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal.
Errou o departamento de futebol profissional ao não definir um processo de transição mais rápido dos destaques da Copa São Paulo para o time profissional. A sensação é que Davó, Pedro Moraes, Renanzinho, Mateusinho, Pedro Accorsi poderiam ser utilizados de modo mais efetivo. Faltou sabedoria.
Lógico, os treinadores não podem ser colocados de lado. Osmar Loss, apesar de ter apresentado uma metodologia de trabalho clara e ter obtido vitórias contra Corinthians e São Paulo não soube consertar o sistema defensivo. Em contrartida, Vinicius Eutropio foi um constante processo de tentativa e erro e que no final não deixou legado.
Que os personagens c errem menos e assim o Guarani consiga os pontos necessários para a manutenção na Série B. É o que resta.
(Elias Aredes Junior)
