Ivan, Camilo e João Paulo. Jogadores relevantes na Ponte Preta. Que está em crise. Quando vão aparecer e conversar com o torcedor?

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Tiago Orobó, Léo Pereira, Ruan Renato. Jogadores recentemente contratados e que  nos últimos dias foram submetidos as perguntas dos jornalistas. Gustavo Bueno, por outro lado também deu as caras. Você pode discordar das explicações dele. Mas ele apareceu. Já é alguma coisa. Bem, que os dirigentes estão ausentes da arena da opinião pública não é novidade para ninguém. Vanderlei Pereira, Sérgio Carnielli e Sebastião Arcanjo assistem de camarote o desespero da torcida e não dão o primeiro passo.

Conversaram com os atletas? Òtimo. Mas o jogador um dia vai embora. Segue sua vida. Quem carrega a cruz é o torcedor. Apesar de ser uma verdade irrefutável, algo precisa ser questionado: e os líderes do elenco? Quando vão assumir a responsabilidade e conceder explicações para a má fase no gramado?

Não é questão de implicância e sim de responsabilidade. Isento desta cobrança o zagueiro Luizão, que já declarou enfrentar problemas emocionais e buscou ajuda. Diante disso, pode e deve ser preservado. E o restante?

Ivan é espetacular. Cria da Macaca. A melhor revelação da Alvinegra dos últimos tempos. É inegável sua queda de produção. E a torcida quer explicações e reflexões sobre o atual momento. O que impede uma entrevista coletiva dele e de seu preparador de goleiros Betão? Pois é. Reconheço um atenuante: concedeu entrevista alguns dias antes da goleada sobre a Chapecoense. Deveria aparecer agora.

Idêntica linha de raciocínio pode ser encaminhada aos armadores João Paulo e Camilo. São as estrelas da companhia. A esperança de gols.

Por que tamanha preservação? O que impede de conversar com o torcedor? Detalhe: aqui não vai qualquer julgamento moral sobre a conduta dos atletas. Aliás, a avaliação que se tem é a melhor possível. Mas é difícil entender uma equipe sofrer cinco gols em casa e quase 10 dias depois nenhum jogador renomado não ter aparecido para dar explicações e refletir sobre a má fase pontepretana na Série B.

Marcos virou ídolo no Palmeiras não somente por suas defesas espetaculares e títulos conquistados. Sua postura perante o torcedor palmeirense nos instantes de crise fez uma baita diferença.

O que custa copiar um bom exemplo? Ah! E não adianta culpar assessoria de comunicação pelas ausências. Quando jogador quer ele faz. Ainda mais quando ele tem peso e relevância. Pense nisso.

(Elias Aredes Junior)