O legado de Flamarion, mais um herói do futebol campineiro que não está mais entre nós

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Marcante é o homem que faz história. Essencial é quem deixa legados e herdeiros para fazer o bem. Inesquecíveis são aqueles que por intermédio do seu ofício produzem alegrias para entes queridos e até para quem não tem ligação nenhuma. Todas essas características podem ser creditadas para Flamarion Nunes Tomazolli, personagem icônico do futebol de Campinas e que faleceu na madrugada desta segunda-feira, aos 68 anos, após travar uma batalha contra o câncer. Ele estava internado na Santa Casa de Ouro Fino (MG).

Será duro para aqueles que não terão mais o seu convívio. Só que sua história é impecável. Um volante raçudo e destemido do Guarani na década de 1970 e que depois aventurou-se por Cruzeiro, Cruzeiro, Sport e Botafogo-SP.

Como treinador, também tem passagens por equipes de base e profissionais do Guarani, Ponte Preta, Al-Wakha, Rio Branco, Al-Saad, Santa Cruz, Portuguesa e Avaí.

Impossível deixar de notar sua influência. Como treinador, Flamarion foi o técnico que em 1992 revelou Edilson com a camisa do Guarani para o Brasil. Um time ofensivo, envolvente e que quase chegou a final do Paulistão. Mas não há torcedor bugrino que esqueça a goleada por 5 a 2 aplicada sobre o Palmeiras. Um rolo compressor no Brinco de Ouro. Tudo armado por Flamarion.

Na Ponte Preta, foi técnico de categorias de base e comandou os profissionais em 1996, com 11 jogos e aproveitamento de 50%. Militou em um instante delicado da Alvinegra,  quando Nivaldo Baldo tentou alterar a mentalidade retrograda do clube em termos administrativos.

Só tais fatos já revelam alguém que jamais poderá ser esquecido. Uma figura que ainda deixou no planeta terra como legado uma família estruturada, unida e cujo representante no futebol é Cristiano Nunes, reconhecido como profissional correto e competente.

Por essas e outras dizemos: vá em paz Flamarion. Sua missão na terra foi cumprida. Com louvor. E vai deixar saudades.

(Elias Aredes Junior)