Pé no chão e futebol feio: a receita da Ponte Preta para segurar o Palmeiras

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A Ponte Preta vai jogar contra o Palmeiras nesta quarta-feira em São Paulo e parece meio óbvio que o alviverde é favorito para o confronto. Campeão das duas ultimas edições da Libertadores, vencedor da Copa do Brasil de 2020, técnico há mais de um ano no cargo e um elenco recheado de opções técnicas e táticas. Um contexto adverso para o desafiante. O que fazer para vencer o jogo? Simples: não pode ter jogo. Calma, eu explico.

Tudo leva a crer que Gilson Kleina vai escalar o time com três volantes. As escolhas, as características dos atletas ainda não se sabe.

Posso apostar que eles entrarão em campo com uma missão: picotar o jogo. Travar as jogadas, impedir que o Palmeiras faça o seu futebol fluir no gramado. E principalmente não dar campo ao atual campeão da Liberta. O Novorizontino cometeu este erro fatal no domingo e perdeu o jogo.

Assim como um boxeador inferior tecnicamente que abraça o seu oponente para impedir um nocaute, a Ponte Preta deve comportar-se dessa maneira no gramado sintético do Allianz. Compactação, encurtamento dos espaços, faltas para impedir o avanço do oponente e a saída de bola qualificada na defesa que pode viabilizar o contra-ataque para ser complementado por Lucca e Pedro Junior.

Concordo, não tem qualquer beleza plástica um futebol desse estilo. A Macaca precisa pontuar. Para adquirir confiança e conceder tempo para a comissão técnica. Romantismo é bom para discussão de boteco. Na hora da decisão no gramado, o pragmatismo fala mais alto.

(Elias Aredes Junior-Foto de Diego Almeida-Pontepress)