Pesquisa revela: ao descontar as dívidas operacionais, Ponte Preta tem valor líquido de mercado superior ao Guarani. Leia e entenda

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No dia 19 de janeiro, a empresa de marketing esportivo Sports Value divulgou um ranking sobre o valor de mercado dos clubes brasileiros. O Guarani está com valor de mercado de R$ 300 milhões enquanto que a Ponte Preta está avaliada em R$ 297 milhões.

A empresa comandada por Amir Sommogi foi além e nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro, divulgou uma nova pesquisa e com uma novidade: a inclusão das dividas operacionais para aferição do valor de mercado de cada clube.

A metodologia é simples: pega-se o valor de mercado e desconta-se o valor das dividas operacionais para obter o valor líquido de mercado da agremiação. Por enquanto, uma boa notícia: nem Ponte Preta nem Guarani estão em quadro irreversível. Ou seja, as suas dividas operacionais não inviabilizam a sua presença no mercado.

Exemplo prático: o Cruzeiro tem valor de mercado de R$ 635 milhões mas a sua dívida operacional é de R$ 819 milhões. Resultado: saldo negativo de R$ 184 milhões. 

No entanto, ao realizar o cálculo, uma inversões de posições é registrada. No valor líquido de mercado, a Ponte Preta está acima do Guarani.

De acordo com a pesquisa da Value Sports, o Guarani tem um valor de mercado de R$ 300 milhões e com dividas operacionais de R$ 190 milhões. Com isso, o seu valor líquido de mercado é de R$ 110 milhões.

A Ponte Preta tem um valor de mercado de R$ 297 milhões e divida operacional de R$ 180 milhões. No final, o valor líquido de mercado pontepretano é de R$ 117 milhões.

Fica impossivel, entretanto, ignorar o prejuízo gerado pelo montante da dívida na avaliação de mercado do futebol campineiro. Basta dizer que o Atlético-GO está com valor de mercado de R$ 340 milhões e está com dívidas operacionais de R$ 18 milhões. Ou seja: o Dragão tem valor de mercado liquido de R$ 322 milhões. Claro sinal de clube bem administrado.

Ou seja, podemos até dizer que o quadro é reversível no Moisés Lucarelli e no Brinco de Ouro. Mas existe um longo caminho para ser trilhado pelo futebol campineiro até chegar ao padrão de excelência.

(Elias Aredes Junior-Foto de Álvaro Júnior-Pontepress)