Ponte Preta, Dia do Orgulho Gay e a nova “Torcida Organizada”: os Fiscais do Sexo Alheio (FSA). Só marca gol contra!

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A Ponte Preta continuou com sua postura cidadã nesta sexta-feira, dia 25 de março e abriu espaço para a celebração do Dia do Orgulho Gay. Uma data justificada em virtude do grande número de assassinatos cometidos contra homossexuais e pelo preconceito que sofrem no cotidiano. Podemos assegurar que a comemoração desta e de outras datas nas redes sociais foi uma herança bendita deixada pelo ex-presidente Sebastião Arcanjo e sustentada pela atual administração.

Evidente que as reações negativas prevaleceram. Insultos, xingamentos, ameaças e todo sortilégio de conceitos depreciativos.

Interessante que, ao observar tantos homens e mulheres destilando a sua raiva contra um determinado contingente da população observei a formação de uma nova Torcida Organizada dentro da Ponte Preta.

Esta “nova torcida” não deseja acompanhar o time e formar caravanas. Também não quer vibrar nas arquibancadas. Nunca, jamais, pensa em participar da vida política do clube.

Seu único objetivo é perseguir as pessoas que amam fora de seus padrões. O autoritarismo, o conceito tosco em forma nua e crua. Sem disfarces.

Esta nova torcida tem um nome: Fiscal do Sexo Alheio. Sim, eles só estrilam quando um homem, ou uma mulher querem ter a liberdade de amar. Só isso.

E detalhe: tem gente na comunidade LGBTQUIA+ que torce e ama a Ponte Preta. O que ela faz de sua vida amorosa não lhe diz respeito. É por causa de seu preconceito, integrante da Torcida FSA (Fiscal do Sexo Alheio), que a Ponte Preta, precisa entrar em campo para combater a violência que você, em cima de uma moralidade tacanha e violenta quer enfiar goela abaixo das pessoas.

Vou além: qual a diferença, entre você, que persegue e odeia homossexuais, para aqueles que perseguiram minorias em guerras e batalhas ao longo da história. Eu mesmo respondo: nenhuma diferença.

“Ah, mas essas pessoas são um péssimo exemplo para os meus filhos”. Sinto muito, mas se a sua casa é abalada porque duas pessoas do mesmo sexo se beijam é sinal de que sua educação e noção de cidadania é mais frágil que gelatina na areia praia de Copacabana.

Resumindo: ao invés de cuidar do sexo alheio e bombardear as redes sociais de estultices, que tal livro, adquirir conhecimento e participar da vida política e administrativa de um clube que pede socorro? Seria muito mais salutar. E não encheria o saco de ninguém.

(Elias Aredes Junior-Foto-Divulgação)