Ponte Preta, empate com Criciúma e a validade de um carro que funciona. Leia e entenda

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Ao assistir ao empate da Ponte Preta com o Criciuma por 1 a 1, em jogo válido pela Série B do Campeonato Brasileiro, eu tive nova recordação familiar. Não, minha mãe não era fã de futebol. Talvez nem entendesse das regras. Mas um fato me faz ligar com a Macaca.

Em 1997 era o início do plano real e matriarca dos aredes botou na cabeça que deveriamos adquirir um carro. Seria o nosso primeiro. De tanto batalhar, ela conseguiu um financiamento e adquirimos um Uno 1987. Deu muito problema. No frio era um tormento ligar o carro porque era movido a alcool. O motor tinha diversos problemas e tudo acabou em um acidente automobilistico em Piracicaba e que quase vitimou minha irmã e sua amiga Fabiana.

Na sequência, compramos um outro Uno, desta vez, com dois anos de uso. Não era um carro luxuoso. Longe de exibir um motor potente. Internamente era quase pelado e o motor abaixo de mil cilindradas. Carro Popular. Mas levava a gente para tudo quanto é canto, superava diversas adversidades e com ele fizemos diversas viagens. Quando nós vendemos e trocamos por um carro ficou a saudade.

O que isso tem a ver com o futebol? Para mim tudo. O primeiro carro, aquele que terminou em sinistro, é a Ponte Preta no campeonato Paulista. Problemático, com defeitos e no final das contas, teve um final, que era previsto: no ferro velho. Assim como o elenco montado para o Campeonato Paulista, que terminou rebaixado.

O atual time da Ponte Preta pode não ser como torcedor deseja, pode ficar aquém de qualquer torcedor ansioso por sonhar. Mas é como o Uno – que era preto!- que ficou por quatro anos na garagem do Jardim Amazonas: funcional, esforçado, dedicado e cumpridor dos seus deveres.

Esse atual time da Ponte Preta não vai lutar pelo acesso. Mas começa a emitir sinais de que proporcionará um final de ano mais tranquilo ao seu torcedor. Empatar com o Criciúma não é um resultado ruim. Longe. Mesmo se voltar ao Z-4, não se iluda: é um outro time. Em comparação com o Paulistão, acredite: não é pouco.