Torcedor bugrino reclama de pênalti marcado para Ponte Preta no dérbi 199. O que fez o C.A para evitar tal dissabor? Leia e entenda

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Na live que transmitimos na véspera do dérbi, o ex-vice presidente de futebol da Ponte Preta , Marco Antonio Eberlin afirmou em alto e bom que um clássico como o derbi campineiro é vencido quando dirigente exerce o cargo de fato e não adota postura de torcedor. Eu acrescento outro fator: não fica no meio do caminho entre os dois comportamentos.

As redes sociais foram invadidas por diversas reclamações de torcedores bugrinos a respeito do pênalti marcado pela Ponte Preta, em que o zagueiro Thalles teria cometido uma falta sobre Moisés.

Dividirei minha análise em duas partes. Na primeira, faço uma pergunta: o que fez o Conselho de Administração do Guarani para evitar que tal pênalti não acontecesse? Sim, o problema poderia ser evitado.

O comando do VAR estava com Márcio Henrique de Gois, o mesmo que anulou um gol de Davó sobre o Palmeiras e que já fez a mesma função em quatro jogos do Alviverde. Um terço da fase classificatória. Absurdo. Recado: não coloco em duvida a integridade moral do árbitro. Mas é nitido que ele tem critérios de arbitragem que desagradam ao Guarani.

Diante disso. alguma carta de protesto foi escrita, encaminhada e protocolada na Federação Paulista de Futebol? O Conselho de Administração convocou entrevista coletiva para externar sua indignação? Ricardo Moisés e seus parceiros protestaram? Para todas essas perguntas uma única resposta: nada feito. E veja: nunca o Guarani esteve tão sintonizado com os desejos da Federação Paulista de Futebol. Ganhou isonomia em troca? Não é.

Como não temos o sistema de sorteio, o processo mais fácil seria o Guarani pedir a troca do responsável pelo VAR. Só que aceitou tudo. De cabeça baixa. Pagou o preço.

Quanto ao lance em si, sejamos sinceros: sem o VAR seria um lance normal, sem consequência e o jogo seguiria.

Esse é o problema. Queiramos ou não, o futebol mudou. Se para melhor ou pior, isso vai de opinião de cada um. Fato é que o árbitro de vídeo exigia uma alteração de cultura e de comportamento do jogador dentro do gramado. Impedimentos que seriam ignorados a olho nu, são marcados sem pestanejar com o auxilio do equipamento eletrônico.

Thalles teve um procedimento de zagueiro de futebol da década passada, sem existência do VAR. E abriu espaço para um clássico pênalti de VAR. Que, repito, em conjuntura normal não seria marcado.

Tudo mudou.

Cada gesto é acompanhado por lupa. O atleta que não estiver preparado vai prejudicar seu time. E infelizmente a reclamação ficará inócua.

Foi o que aconteceu no dérbi 199. Que a diretoria fique atenta para não ser prejudicada no futuro. É o minimo que se espera.

(Elias Aredes Junior)