Um recado para Rafael Silva: o Guarani precisa do seu compromisso e profissionalismo e não de caridade!

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Empatar com o Serra Dourada, ficar fora da zona do rebaixamento e demonstrar claros sinais de revitalização na Série B seriam motivos mais do que suficientes para o torcedor bugrino ficar em paz no final de semana. Nada disso. As redes sociais foram palco de uma briga virtual do atacante Rafael Silva com diversos torcedores.

Em vários posts, o atleta não admitiu ser criticado pelo seu rendimento e de quebra elogiou a torcida do Vasco, em que passou bons momentos. Foi o estopim para uma saraivada de criticas e xingamentos. Atitudes típicas destes tempos de intolerância. Por volta das 15h01, por intermédio da assessoria de imprensa do clube, o atleta afirmou que o endereço de Facebook em que aconteceu a briga é falso. Detalhe: nunca, em tempo algum, o jogador encaminhou tal informação antes do episódio.

Que o torcedor é passional e não admite ver seu time ser desprezado é algo normal dentro deste Século 21. Independente do endereço ser real ou não, não invalida a tese de que o comportamento de Rafael Silva é muito aquém daquilo que se espera. E digo isso fora do mundo virtual e das quatro linhas, algo retratado até neste Só Dérbi. A meta é analisar o que fazer para que novos episódios serem riscados do futuro. Seco e direto: a diretoria do Guarani precisa elevar sua auto-estima e parar de dar brecha para que os jogadores considerem que estão fazendo um favor ao trabalharem no gramado do Brinco de Ouro.

Explico. Tanto no caso de Rafael Silva como Paulinho as negociações foram intrincadas e geralmente com o clube originário responsável por parte do pagamento dos salários. Qual a consequência? Os atletas, de modo distorcido, mesmo que de maneira inconsciente rompem o portão do Brinco de Ouro não com uma atitude focada em ajudar e integrar-se de corpo e alma a história, aos dramas e o sofrimento do torcedor bugrino. Tudo gira em torno apenas e tão somente de seus interesses pessoais.

Em resumo: já que o fulano não tem espaço no Cruzeiro, no Flamengo, Palmeiras ou qualquer outro clube, utilizam o Guarani apenas passagem. Sem compromisso ou qualquer sentimento. O torcedor está chateado? Para esses jogadores parece que não interessa. Se o  pagamento em dia é o que importa. O futuro será longe dali.

Na prática tal comédia de erros é a consequência da ausência de um executivo de futebol forte, com diretrizes estabelecidas e que saiba incutir na mente do jogador que ele não está ali por caridade ou para prestar um favor e sim para servir ao Guarani. Rafael Silva tem gratidão ao Vasco não só pelos bons momentos que passou mas também porque Eurico Miranda, queiramos ou não, controla tudo com mão de ferro e não admite desrespeito a sua agremiação.

Não, a diretoria bugrina não deve se mirar em Eurico e sim exigir compromisso, profissionalismo e respeito do jogador de futebol para quem paga seu salário.

(análise feita por Elias Aredes Junior)