A Ponte Preta precisará lutar (e muito) para evitar o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. A queda pode ser consumada no próximo domingo, diante do Vitória, no Majestoso, em caso de derrota para os baianos. Porém, pode-se dizer que o time alvinegro já vinha caindo desde a final do Campeonato Paulista contra o Corinthians.
Não só pelas atuações recentes nem mesmo pela campanha pífia no segundo turno que a Macaca pode deixar de figurar na elite do futebol brasileiro depois de quatro anos. Uma sucessão de erros dentro e fora do campo desde o início da temporada contrubiu para o momento de crise. Confira abaixo algumas razões listadas para entender a situação pontepretana após seis meses da disputa da final do Campeonato Paulista:
1. Desmanche da base do time finalista no Paulistão
Nomes que figuraram no primeiro jogo da final do Paulistão como Fábio Ferreira, Kadu, Reynaldo, Clayson e William Pottker… Ou até mesmo na decisão na decisão em Itaquera como Yuri, Lins e Ravanelli foram peças descartadas para o Brasileirão. Mesmo que se discuta a qualidade técnica de alguns, outros atletas foram importantes na equipe titular ou reserva na construção da campanha do Estadual. As peças mais sentidas no Campeonato Brasileiro foram, de longe, Pottker e Clayson. Eles foram responsáveis por boa parte dos gols marcados pela equipe, ao lado de Lucca, no primeiro semestre. Desde a saída de Ravanelli, a Macaca também não encontrou um articulador.
2. Ataque que não ataca
Sem as presenças de Pottker e Clayson, Lucca ficou encarregado de ser o homem gol da Ponte Preta. Mas isso funcionou apenas no primeiro turno – quando ele marcou 10 dos 11 gols na competição -, antes do ataque da Macaca ser um dos menos temidos na competição. Além de ser o segundo pior setor ofensivo (perde para o Avaí), a Ponte Preta é o time com maior número de jogos nos quais não marcou gol. Das 36 rodadas não balançou as redes em 15 (41%). Foi o ataque que menos produziu durante toda campanha do Brasileirão.
3. Elenco fraco para a Série A
Como se não bastasse a saída de algumas peças importantes após a disputa da final do Campeonato Paulista, a diretoria da Ponte Preta não repôs os buracos do elenco com qualidade. Para o problema da lateral-esquerda, foram contratados Fernandinho e João Lucas – que foram descartados antes da metade do Brasileirão -, além de nomes que não vingaram como Maranhão, Claudinho, Xuxa, Jorge Mendoza, Luis Alí e Negueba. Outros nomes como Léo Gamalho, Jean Patrick e Luan Peres também sofreram com instabilidade dentro do plantel.
4. Returno desastroso
A queda da Ponte Preta ficou ainda mais forte após o começo do segundo turno do Brasileirão. A Macaca somou 16 pontos em 17 jogos e tem a segunda pior campanha – na frente apenas do Sport -, com 4 vitórias, 4 empates e 9 derrotas.
5. Visitante gentil
O time com pior aproveitamento entre todos os visitantes do Campeonato Brasileiro. O rendimento da Ponte Preta fora do Moisés Lucarelli é determinante para o momento vivenciado pela equipe. Em 18 jogos apenas uma vitória – contra o Atlético-PR na Arena da Baixada -, com 9 pontos somados. O Vitória, concorrente direto na briga contra o rebaixamento, é o quarto melhor visitante e somou 26 pontos fora de Salvador. Se quiser se salvar, precisará ter uma atuação boa na última rodada, no Rio de Janeiro, contra o Vasco da Gama.
6. Gilson Kleina x Eduardo Baptista
A terceira troca no comando da temporada mostrou que o 2017 da Macaca não foi de um planejamento qualificado. Na 24ª rodada, após derrota para o Atlético-GO em pleno Majestoso, a direção pontepretana demitiu Gilson Kleina. O antigo treinador deixou o time na 13ª colocação do Brasileirão com 28 pontos. Após 12 rodadas com Eduardo Baptista, a Ponte está no 17º lugar com 39 pontos. Troca que não foi efetiva no desempenho dentro de campo. De quebra, Kleina salvou a Chapecoense do descenso com três rodadas de antecedência.
7. Baixo poder financeiro
Nem mesmo o patrocínio com a Caixa Econômica Federal ajudou na manutenção dos gastos da Ponte Preta na temporada. A principal cota de patrocínio da Macaca na temporada inteira é inferior à folha salarial mensal de boa parte dos clubes que disputam a Série A. As escolhas dos jogadores que excedem a folha também foram equivocadas: casos de Emerson Sheik e Renato Cajá.
8. Isolamento da torcida
Nas decisões do Paulistão diante de Santos, Palmeiras e Corinthians, o Moisés Lucarelli ficou amarrotado de torcedores e quebrando recordes. Mas no Brasileirão a torcida compareceu menos do que o esperado no Majestoso. A equipe campineira teve o pior público em três rodadas: contra Sport (2.830), Botafogo (2.930) e Avaí (3.700). Nem mesmo as promoções realizadas contra Flamengo, Santos e Corinthians vão salvar a equipe de ficar com a segunda pior média de público na competição – 5.700 torcedores por jogo -, atrás apenas do Atlético-GO, já rebaixado. Entre os principais argumentos dos torcedores estão: insatisfação com o trabalho da diretoria, falta de comprometimento do elenco e custo beneficio.
9. Psicológico abalado
A expulsão do volante Naldo contra o Fluminense – apesar da polêmica envolvendo o árbitro Daronco -, não foi um ato isolado. A Macaca é o time com mais cartões vermelhos entre todos os participantes do Brasileirão. Foram 8 em 36 rodadas. A média de uma expulsão a cada quatro rodadas mostra que o emocional do time já não está alinhado diante da pressão que vem por todos os lados e com o descenso virando realidade. Alguns jogadores também não reagiram bem após a confusão envolvendo alguns torcedores no desembarque da equipe em Viracopos no mês passado. O caso foi parar na delegacia.
10. O fracasso Emerson Sheik
Talvez você vá argumentar que Emerson Sheik é um dos jogadores mais habilidosos do elenco ou, então, que ele se entrega… Mas nos números não há como defender. Foram apenas quatro gols – divididos em dois jogos -, além de poucas participações efetivas em jogadas que culminaram em gols da equipe no Brasileirão. Sheik participou apenas de 35% das viagens da equipe durante todo o Brasileirão e não tem sido relacionado após cobranças internas. A falta de interesse pesa para que ele seja preterido por outras opções menos técnicas.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)
Artigo primoroso. Dados interessantes: ataque pifio e recorde de cartões vermelhos. Acho que a AAPP perde para o Vitória. Isso porque o Vitória, além de ser o quarto melhor visitante, vem na boa: um empate ajuda-os muito. Já a AAPP precisa vencer de qualquer maneira. O lado psicológico será preponderante nesse jogo.
Podem escrever. Profeta da Tribo está falando. A AAPP estará rebaixada ao apito final do jogo contra o Vitória. Cobrem-me depois.
Mãe Dinah.
Profeta, você profetizando parece eu martelando um prego: de dez tentativaz, só uma acerta
Profeta se diz jornalista kkk
Eric, se eu acertar essa previsão, já me darei por satisfeito!
Macaco do Alambrado, pode me cobrar depois, essa profecia acontecerá. kkkkkkkkkkkk
Eu avisei quando a Ponte Preta montou o elenco no começo do Campeonato !!!!!!!
Vai cair !!!!
E que a conta chegaria !!!!!!
Este site mostrou documentos da possível venda do estádio depois !!!
Lembram !!!!!!!!!!!
E depois bloquearam-me no site !!!!!!!
Só relatei a minha opinião !!!!
O erro da Ponte Preta foi não ter escutado o Fernando…