Não serei maluco de isentar o goleiro Klever na falha que culminou no gol vitorioso do Coritiba. Lógico que ele deveria prestar atenção na jogada e é inadmissível um atacante antecipar-se ao arqueiro na pequena área. Errou e pronto.
Só que essa culpa precisa ser repartida. O posicionamento defensivo na jogada foi lamentável.
Vamos fazer um retrospecto após a exibição do vídeo com o gol do coxa branca.
Quando ocorreu a cobrança do escanteio, o atacante Robson já estava em combate com Artur Rezende e na hora que a bola parte, o jogador bugrino não acompanha e o adversário ocupa um espaço na defesa que deveria ser coberto pelos zagueiros.
Luiz Gustavo escolher guarnecer o primeiro pau e com isso evitar um desvio de cabeça. Na hora do lance, Diego Giaretta fez o mesmo movimento na direção da primeira trave e abriu espaço para que Robson saísse da marcação de Arthur Rezende e ficasse livre na pequena área.
Resultado: Klever deu o bote errado e o resto é história.
Qual lição fica?
Que o Guarani internamente, além de discutir uma maneira de minimizar as falhas nas jogadas aéreas, precisa definir de uma vez por todas se deseja realizar nas jogadas de bola aéreas uma marcação por zona ou homem a homem. Neste caso, se um atleta seguisse Robson de maneira obstinada, dificilmente a conjuntura seria a mesma.
Repito: Klever falhou no gol. Mas o sistema defensivo não pode ser isentado.
(Elias Aredes Junior)