Ricardo Moisés anunciou sua intenção de concorrer ao cargo de presidente do Guarani e de montar um novo Conselho de Administração. Pode parece maluco ou estranho à primeira vista pois o Alviverde terá um dirigente que vai se submeter ao rito democrático.
A última vez que isso aconteceu foi em março de 2014, quando Álvaro Negrão e Horley disputaram uma eleição vencida pelo primeiro, que já estava no poder.
Tanto Horley Senna, levado ao poder em outubro de 2014, como Palmeron Mendes Filho, vencedor em 2017, chegaram ao posto máximo aclamados. Independente de possíveis irregularidades das chapas oposicionistas, o quadro foi tóxico para a construção do futuro do Guarani. Não existiu debate, troca de ideias e de certa forma as forças de oposição foram sufocadas em seu espaço.
Dessa vez tem tudo para ser diferente. Ricardo Moisés terá que ir a campo, submeter-se a sabatinas, ser pressionado a dar explicações e mostrar um plano de governo factível.
Um plano que terá como contraponto dois grupos políticos fortes.O primeiro é o Hoje e Sempre Guarani que trabalha em seu plano de governo há mais de um ano.
Outro concorrente deverá ser o empresário Junior Paes, que tentou concorrer na eleição passada e que afirma contar com os sete integrantes do C.A e do apoio de 80 associados.
Democracia na veia. Disputa. Debate. Formulação de planos para o futuro.
Seja qual for o vencedor estará respaldado pela vontade das urnas e pelo processo de escolha do eleitor.
A democracia e o debate de ideias é a única saída para o Guarani retornar aos tempos gloriosos. Fora disso, tudo é delírio e achismo.
(Elias Aredes Junior)