Análise Ponte Preta: eliminação na Copa do Brasil e a massacre sobre a opinião oposicionista

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A Ponte Preta está fora da Copa do Brasil após a derrota para o Brasil (RS), em Pelotas. Deixou escapar um valor de mais de R$ 2,1 milhões. Foi superada por uma equipe integrante da Série D do Campeonato Brasileiro. Teve uma boa exibição na segunda etapa, mas os primeiros 45 minutos iniciais foram decepcionantes.

A Alvinegra não conseguiu bom rendimento diante de um oponente que usou a marcação forte e a força física para se impor. Um quadro que deveria preocupar a comissão técnica diante da constatação (até óbvia) de que conjunturas semelhantes serão apresentadas na próxima edição da Série B do Campeonato Brasileiro.

O quadro descrito não impede a constatação de que a reação na torcida da Ponte Preta foi diferente em relação a eliminações anteriores. Para recordar: antigamente, era normal culpar a diretoria e o treinador de plantão sobre aquilo que acontecia no gramado.

Dessa vez, o que aconteceu foi uma blindagem sobre o técnico Hélio dos Anjos e até a Diretoria Executiva comandada por Marco Antonio Eberlin. Duas correntes majoritárias foram formadas: a primeira turma defende que a derrota foi obra do acaso e que fatos assim são normais no futebol. Outra vertente defende esquecer o jogo. Foco total na Série A-2 e no acesso. Apoio cego, total e irrestrito.

O terceiro grupo, que era majoritário nas edições passadas da Copa do Brasil foi massacrado. Simplesmente não foi permitido que se culpassem o técnico e o presidente. Proibido criticar nas redes sociais.

Evidente a boa condução da narrativa por parte da Diretoria Executiva. A sua visão sobre os fatos prevalece. Inclusive sobre a imprensa que nos bastidores parece (parece!) ser tratado como adversário número 01 do clube. Não deveria ser assim.

Penso que a eliminação na Copa do Brasil deveria ser tratada da maneira como deveria ser: sem caça às bruxas, sem criação de inimigos externos e internos e busca incessante de ideias e conceitos que possam proporcionar crescimento da Ponte Preta.

Foi adotado o caminho contrário. A desclassificação na Copa do Brasil iniciou um massacre virtual contra as minorias opinativas na Ponte Preta. Quem está em posição de posição a diretoria ou verifica defeitos no trabalho de Hélio dos Anjos é defenestrado e marcado como inimigo. É uma raiva inexplicável, sem sentido. Até porque quem critica quer o melhor para a Ponte Preta e não destruí-la.

A Ponte Preta é um clube forjado no amor e na união. Não pode ter o ódio como combustível seja nos gabinetes, no gramado ou nas arquibancadas. Não combina com sua história.

(Elias Aredes Junior com foto de Thiago Winter-GE Brasil)