As lições que surgiram para a Ponte Preta após a derrota no dérbi na semifinal do Paulistão-2012

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De inicio, não queria escrever sobre a perspectiva pontepretana do dérbi de 2012. Dói relembrar derrotas. Machuca perceber o quanto vacilou-se ao deixar escapar uma oportunidade de fazer história.

Ao ver os melhores momentos no You Tube e fazer uma retrospectiva do meu próprio trabalho naquele dia 29 de abril de 2012, cheguei a conclusão do quanto a Ponte Preta não evoluiu em alguns aspectos desde aquele dia. Como alguns profissionais também infelizmente não conseguiram detectar o espirito do tempo.

Quero relacionar dois personagens. Sem crucificá-los, mas para entender como não há evolução. Inegável que Roger tem ligação com a Ponte Preta. Ama o clube com sinceridade. Sem demagogia. Sempre fui contra aqueles que o acusam de traição quando jogou no Guarani. Ele é profissional. Ponto. No entanto, tanto naquele dia 29 de abril como até hoje, o atual camisa 9 é conhecido por desperdiçar lances decisivos. Como perdeu naquele dia ao permitir uma defesa do goleiro Emerson. E veja: apesar do vacilo, sempre foi relembrado para voltar para a Macaca. Com merecimento. O tempo passou e esse defeito não foi corrigido. Pena.

E o técnico Gilson Kleina? Se fizermos uma “remember” daquele jogo já veremos alguns problemas na execução do seu trabalho. Kleina sabe armar e explorar com maestria o defeito do adversário, mas complica-se quando algo sai fora do roteiro.

Quando Vadão tirou um jogador clássico e cadenciado como Fumagalli (que ficou lesionado) e apostou em Medina, a velocidade imprimida foi vertiginosa, a marcação perdeu-se diante do poder de articulação de Danilo Sacramento e o resto foi história.

Nos anos seguintes, a Alvinegra sempre pecou. Ou por falta de controle emocional de seus atletas nos minutos decisivos ou por alguma decisão errada do comando do banco de reservas.

Dou exemplos. A colocação de Fernando Bob como lateral-esquerdo e de Magal no meio-campo é algo feito pelo técnico Jorginho que não dá para engolir. Ou a escalação de Fábio Ferreira na final do Paulistão-2017. O que dizer então das oportunidades perdidas pela Macaca contra o Atlético Mineiro, em pleno Majestoso, na Copa do Brasil-2016.

Pois é. Parece que os fantasmas nunca somem.

(Elias Aredes Junior)