Daniel Paulista: é impossível ignorar a dignidade do seu trabalho no Guarani

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Vamos citar  fatos. Daniel Paulista chegou para ser treinador em maio do ano passado. Em 38 jogos da Série B, fez um elenco de capacidade técnica de mediana para boa alcançar a sexta colocação na Série B. E o melhor: com um estilo ofensivo, pois foram 54 gols anotados, atrás apenas do Brusque – que teve Edu como artilheiro da competição com 17 gols- e do campeão Botafogo. Os dois times fizeram 56 gols.

Agora, pare e pense.

O departamento de futebol fez um planejamento atrapalhado. Adiaram as definições sobre as permanências de Bruno Sávio, Bidu, Régis, Andrigo e Pablo. Detalhe: e já sabendo que a margem para aumentos salariais era estreita.

Resultado: o elenco colocado à disposição para o Paulistão-2022 é inferior tecnicamente. Mesmo com a presença de Giovanni Augusto. Fato.

Daniel Paulista reclamou? Jogou a diretoria para a torcida? Nada disso. Trabalhou de maneira incansável. Acertou, errou, cometeu desatinos nas escalações, mas nunca bateu de frente nem com diretoria nem com torcida. Admitiu quando o time jogou de maneira deplorável como diante do Ituano.

Vem o dérbi e com esse material humano Daniel Paulista extraiu o máximo. Jogou no erro do adversário. Foi premiado com uma vitória retumbante. Incontestável.

Daniel Paulista disputou três dérbis. Ganhou dois e empatou um. Não dá para passar batido.

Classificação? Luta pelo acesso? Não sabemos. Mas um fato é inegável: Daniel Paulista trabalha demais. É bom treinador. Deveria merecer uma boa dose de compreensão da torcida. Ela só tem a ganhar.

(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)