Diretoria do Guarani avalia rendimento de executivo e estuda reformulação no departamento de futebol

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O departamento de futebol do Guarani passa por instabilidade desde a saída de Rodrigo Pastana na reta final da Série C no ano passado. Responsável por montar o time do acesso no Campeonato Brasileiro – com ajuda e aporte financeiro de Roberto Graziano, o dirigente seguiu para um novo projeto no Paraná Clube. Presidido na época por Horley Senna, o Guarani optou por promover Marcus Vinicius para administrar as burocracias do futebol. Ele foi designado para montar o elenco da Série A2, mas não conseguiu criar um time competitivo e acabou sendo desligado do cargo antes do início da Série B.

A tarefa então foi direcionada para Nei Pandolfo. Ex-jogador e executivo de futebol com currículo vasto. Deixou o Bahia no início de 2017 após ser um dos responsáveis por montar o elenco que subiu na Série B da temporada passada, mas não teve a força política que esperava dentro do próprio Guarani. Pandolfo dividiu responsabilidades com Anaílson Neves, além dos presidentes Horley Senna e Palmeron Mendes Filho. Acostumado a ter cobertura financeira, enfrentou um cenário diferente em Campinas e não conseguiu trazer os jogadores que eram prioridades em seu planejamento para a Série B.

A reportagem do Só Dérbi apurou com uma fonte interna que ele enfrentou resistência quando indicou jogadores no mercado para a equipe. Sua palavra também não teve peso nas contratações de atletas como Ewerton Páscoa, Richarlyson e Bruno Mendes. Por isso, será reavaliado pela cúpula máxima do Conselho de Administração e pode ser desligado do futebol do clube nas próximas semanas. Anaílson Neves, integrado a funções administrativas do Bugre, pode ficar responsável pela parte executiva do futebol.

Mesmo com indefinições sobre a gestão do departamento de futebol e do comando do time, os jogadores do Guarani seguem a preparação para o jogo contra o Brasil de Pelotas na sexta-feira, fora de casa, pela 20ª rodada da Série B. O Bugre precisa vencer para voltar a brigar pelo G4. A equipe está com 28 pontos e não vence há seis jogos – sendo três derrotas consecutivas.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)

1 Comentário

  1. Complicado contratar o cara e dispensar após alguns meses. Mostra que erraram na contratação. O perfil de dirigente que precisamos é alguém com olhos clínicos para detectar grandes talentos em campeonatos fracos, como as séries C, D, e até a Copa Paulista. Seriam reforços com baixíssimo custo e podendo tornar-se fontes de grandes partidas e de lucro financeiro. Tem gente boa nesses campeonatos, mas precisa procurar.

    E, se subirmos para a Série A, precisamos de gente com experiência na elite.