Jogadores, comissão técnica e o integrantes do departamento de futebol. Os heróis da campanha do Guarani. E só

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A reação do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro pode produzir a sensação momentânea de que tudo é obra e graça do Conselho de Administração e de seus aliados. Que os dirigentes se transformaram em especialistas no futebol. Ou que existe uma sagacidade aguçada por parte daqueles que comandam a instituição. Sinto informar: nada mudou.

A responsabilidade pelo êxito é do elenco, comissão técnica e de seu entorno. Só. Não é possível elogiar uma diretoria que até hoje, na melhor das hipóteses, oferece uma estrutura, no máximo razoável. E que também após cinco anos não conseguiu convencer Roberto Graziano a cumprir uma sentença judicial que proporcionar um novo Centro de Treinamento, estádio e sede social.

Contratar Felipe Conceição foi como ganhar na loteria. Como o bilhete não era premiado com Ricardo Catalá. Lógico, existe um perfil delineado por Michel Alves: tem que ser jovem, estudioso e com desejo de buscar um lugar ao sol.

Mas a instituição Guarani não demonstra qualquer conceito claro e seguro de qual tipo de jogo deseja. Com Carpini a ênfase era no toque de bola; Ricardo Catalá nunca acertou o tom; e Felipe Conceição busca a verticalidade. Quem tem rumo são os treinadores e não a instituição. E para a sorte do Guarani, Conceição sabe muito bem o que quer.

Espero que chegue tempo em que o Guarani seja um clube estrutura e com uma filosofia de jogo, com começo, meio e fim. E que não precisa realizar contratações de afogadilho a cada final de temporada. E principalmente, que o treinador seja encarado como funcionário e jamais como salvador da pátria.

(Elias Aredes Junior- Foto de Thomaz Morostegan-Guarani F.C)