Ponte Preta: a vivência de alguns produz legado para muitos

0
1.044 views

O que seria da vida sem a experiência? O que seria dos filhos sem as informações e o conhecimento dos seus pais? O que pensar de uma vida sem sugar a sabedoria dos avós?

O Brasil tem uma expectativa de vida de aproximadamente 76 anos.

Ou seja, temos mais tempo para conviver de maneira mais próxima com quem consideramos especial. Seus direitos estão assegurados pelo estatuto do Idoso.

Mas engana-se quem pensa que essas pessoas querem ser coadjuvantes. Eles estão prontas em tomar a dianteira, em apontar caminhos e conduzir pessoas ao porto seguro.

Seu principal obstáculo é o etarismo, que nada mais é do que o preconceito contra as pessoas mais velhas.

Vocês lembram do caso de uma mulher de 44 anos que frequentava uma faculdade em Bauru e foi ridicularizada por pessoas mais novas? Esta mulher recebeu uma enxurrada de solidariedade e de novas oportunidades. Sinal de que o  mundo mudou. A vida mudou.

É prazeroso perceber como a Ponte Preta vai no sentido contrário dessa viés preconceituosa. Homens e mulher acima de 60 anos são vitais e importantes no cotidiano do clube. Fazem história de modo incessante.

Quem vai ao Majestoso nunca esquece do tratamento cordial e postura alegra e otimista das irmãs Dalva e Luiza que hoje mostram disposição para acompanhar a Ponte Preta em qualquer lugar. Sem hora para reclamar.

Na diretoria não se fica atrás. Marcos Garcia Costa dá show de vitalidade e disposição. Tem sabedoria, informação, raciocínio rápido e força para cumprir qualquer tarefa que envolva e defesa da Associação Atlética Ponte Preta. Entenda: não é pouco. Pelo contrário.

Em contrário, existem personagens que não tem cargo ou função na Diretoria Executiva mas são ouvidos.

Porque neles existe a história da Ponte Preta, a biografia de personagens, as feridas na alma geradas por derrotas e o balsamo criado pelos triunfos.

Penso que dois podemos destacar. O primeiro é Peri Chaib, que, com justiça foi homenageado durante a premiação da Série A-2 da Federação Paulista de Futebol. Peri conduziu os acessos de 1969 e de 1989 e não teve pudor em encontrar-se presente nesta trajetória na Série A-2. Ele fez diferença no passado, presente e certamente irá contribuir no futuro.

O outro é Zaiman de Brito Franco, que eu poderia definir da seguinte forma: Se Deus viesse na terra para materializar na construir o modelo da alma de um pontepretano, certamente o alicerce de sua obra de arte seria a do jornalista. Zaiman é a história viva da Macaca. É aquele que consegue dimensionar aos mais jovens o que foi a construção do estádio Moisés Lucarelli. Como abrir mão deste patrimônio? Não dá.

O fato é que a Ponte Preta é um clube do povo, com o povo e para o povo. E que é cercado de sabedoria. Envelhecer é uma arte. Principalmente para quem convive com pessoas tão especiais. Vida longa a todos!

(Elias Aredes Junior- com foto de Diego Almeida-Pontepress)