O jogo da Ponte Preta com o Botafogo, neste domingo, às 19h30, no Estádio Moisés Lucarelli, será disputado em clima de decisão. Uma vitória sustentará Vinicius Eutrópio no cargo de treinador e dará alento ao torcedor em relação a possibilidade de classificação no Campeonato Paulista.
Independente daquilo que acontecer no Majestoso, nada vai superar o drama vivido pelo torcedor pontepretano no dia 13 de maio de 2001, quando ao empatar em casa por 3 a 3 com a Pantera, a equipe deixou escapar a chance de ir à final do Campeonato Paulista. Mas este é um jogo que destoa da contagem geral com 27 vitórias da Macaca, 23 empates e 21 triunfos do Botafogo (SP).
Na primeira fase, a Macaca, (cuja última participação em final tinha sido em 1981), terminou a fase classificatória com 31 pontos e na liderança após 15 partidas. Pelo regulamento da época, o cruzamento na semifinal seria com o Botafogo, quarto lugar com 26 pontos. No jogo de ida, no dia 06 de maio, no Estádio Santa Cruz, o Botafogo venceu por 2 a 1 e ficou a um empate da decisão contra Santos ou Corinthians. A alvinegra precisava da vitória.
A Macaca começou com tudo e aos 15 minutos, Washington fez 1 a 0. A vantagem poderia ter sido maior se o mesmo Washington não tivesse perdido um pênalti defendido pelo goleiro Doni. Aos 29 minutos, Washington fez a diferença novamente ao fazer 2 a 0. O jogo parecia liquidado.
O gol de falta marcado por César aos 03 minutos do segundo tempo para o Botafogo não abalou a Macaca. Pelo contrário. Aos 10 minutos, Piá ampliou a vantagem e detonou festa nas arquibancadas. Tudo parecia controlado e cinco minutos bastaram para o sonho virar um pesadelo gigantesco. Aos 30 minutos, o zagueiro Augusto diminuiu e aos 35 minutos, o meio campista Chris sofreu pênalti e o centroavante Leandro cobrou deu números finais a partida e deixou um Majestoso perplexo e sem reação. Um jogo que parece nunca ter acabado para o torcedor pontepretano. (texto e reportagem: Elias Aredes Junior)
Elias Aredes, você tem razão. E nunca me esquecerei do volante Roberto, da Ponte Preta, erguendo o jogador do Botafogo com um pontapé – totalmente desproporcional – dentro da área no final da partida. Foi a primeira vez que chorei de raiva pela Macaca.