Análise: como o silêncio do C.A sobre Allan Aal mata aos poucos o Guarani na temporada!

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Que a torcida do Guarani está furiosa com o técnico Allan Aal. Não é novidade para ninguém. A desclassificação diante do Mirassol gerou desconforto e nem precisamos esticar o assunto. Derrotas no dérbi 199, para a Inter de Limeira e Mirassol. Nove pontos disputados, nenhum ponto somado. O retrospecto recente de Allan Aal é baixo.

Nos bastidores, o presidente Ricardo Moisés, defende com unhas e dentes o trabalho de Allan Aal. Explica que acompanha o dia a dia e que o trabalho é bom e não existe motivo para ficar abalado com pressões externas. O raciocínio é correto. Eu diria hiper correto. Se existe convicção sobre o trabalho, o melhor a se fazer é dar apoio. Só que no Guarani o trabalho é feito pela metade.

Do que adianta prestar apoio nas reuniões do Conselho de Administração e na beira do gramado nos treinamentos se este gesto não é esticado para a opinião pública? Declaração aqui e ali para portais ou jornalistas não resolve. Tudo fica no meio do caminho.

Dirigente que deseja bancar o trabalho do treinador fica ao seu lado durante entrevista coletiva pós jogo; se não quiser submeter-se ao escrutínio dos jornalistas, basta uma declaração após derrotas ou fatos negativos de grande vulto. Em ultimo caso, convoca-se uma entrevista coletiva e reforça-se o apoio ao técnico. E encare a opinião pública. De peito aberto.

O que temos hoje? Um presidente que apoia o treinador intramuros e um profissional submetido a opinião pública sem qualquer escudo. Allan Aal decepciona?

Divido em duas partes. As montagens do time titular são aceitáveis, o posicionamento da equipe no gramado tem bons momentos, mas sua leitura de jogo é equivocada. Mostrou evolução desde o inicio da competição, mas o erro de avaliação no dérbi lhe custou caro. Mais: por vezes suas substituições não surtem o efeito desejado. Em parte porque suas escolhas são erradas. Em outra parte é porque o time tem limitações gritantes. Aí, a culpa é de quem montou o time. Seu nome: Michel Alves.

O presidente gosta? O restante do Conselho de Administração aprecia? Então fale. Declare. Reforce. Do jeito que está, todo mundo perde: Guarani, torcida e o próprio Allan Aal. Trabalho decepcionante, na visão da torcida,  não justifica massacre pessoal. E nem paralisia.

(Elias Aredes Junior)