Análise: Cinco qualidades do Guarani na Série B e que poucos percebem

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O Guarani está em estado de graça na Série B do Campeonato Brasileiro. Tudo acontece como um relógio suíço. As vitórias ocorrem de maneira natural. Se você encontrar na rua qualquer torcedor bugrino, os motivos do sucesso estão na ponta da língua: a técnica de Régis, a identificação de Davó, o dinamismo de Rodrigo Andrade, o sentimento coletivo de Júlio César. Existem outros pontos fundamentais que não pode ser ignorados. Frutos decisivos para o Guarani ostentar a atual campanha. Vamos abordá-los.

1-Versatilidade dos laterais: Com a melhoria de Bidu na marcação, o Guarani conta com dois jogadores equilibrados. Com capacidade de marcar e apoiar. Se contar neste ritmo até o final, pode ser um diferencial, especialmente quando enfrentar times que fecham o espaço pelo meio.

2-O passe inicial de Bruno Silva: não é somente a liderança. Ou a boa colocação a frente dos zagueiros. O camisa 6 deu qualidade ao primeiro passe. Tranquilidade para que Rodrigo Andrade e Régis possam exercer com maestria suas funções ofensivas. Perceba: é difícil o Guarani perder a posse de bola nas imediações da área. Responsabilidade direta do bom rendimento de Bruno Silva;

3- Jogador não desequilibra apenas com gols, jogadas de beleza plástica. Cumprir determinações táticas é fundamental. Preste atenção quando o Guarani perde a posse de bola. O camisa 94 é o primeiro a surgir na tela. Concede ajuda a Bidu como poucos. Ou faz a compactação no meio-campo para igualar o setor em número de jogadores com o adversário. As vitórias bugrinas foram construídas com tal expediente.

4-Quem apostaria em Carlão, Ronaldo Alves ou Thales antes da bola rolar? Quem teria convicção de que Airton não faria falta? Pois é. Os zagueiros bugrinos tem uma qualidade: consciência de suas limitações. Não correm como loucos atrás de atacantes. Utilizam de modo inteligente a força física para vencer os atacantes adversário. Claro, tudo isso ocorre devido a proximidade e compactação do time. Ajuda muito.

5-De acordo com Sofascore, o Guarani tem, em média, nas duas 12 partidas, uma porcentagem de posse de bola de 47,5%. Ou seja, é uma equipe objetiva. Não enrola. Vai no rumo do gol. Algo precioso em tempos que enrolar com a pelota parece ser um mantra.

Enumerei cinco características positivas. Se o Guarani conseguir o olimpo, certamente estes trunfos estarão presentes; se fracassar, tais atributos deixaram de existir.

(Elias Aredes Junior-Foto de Marcos Ortiz-Guarani F.C)