Análise Especial: como o silêncio de Tiãozinho dinamitou a sustentação do trabalho de Fábio Moreno

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Reportagem publicada neste domingo, dia 23, no Globo Esporte.com pelo competente repórter Heitor Esmeriz traz sobre um dado essencial em relação a crise vivida na Ponte Preta e que desembocou na realocação de Fábio Moreno para coordenador técnico e a busca por um novo técnico.

Tudo que aconteceu dentro do Paulistão estava dentro do previsto: a pontuação baixa, o desempenho errático no gramado, as oscilações de jogadores, a baixa produtividade do elenco. Tudo foi previsto antes da bola rolar.

Motivo: era preciso apertar o cinto para posteriormente incrementar o investimento na Série B. Fábio Moreno abraçou o projeto. O que ele recebeu em troca? silêncio na opinião público e abandono.

A informação foi confirmada por este colunista. Dito isso, eu não enrolo: erro grave de gestão da diretoria executiva comandada por Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho.

Fábio Moreno foi massacrado pela imprensa e torcida durante três meses como se tudo fosse obra de sua incompetência.

Quando ganhava, era acidente de percurso; a derrota ficava em suas costas. Uma avaliação cruel e desumana. Cansei de ler nas redes sociais torcedores com questionamentos na parte moral. Palavras como “lixo” eram lugar comum. O que fez a diretoria fez para protegê-lo deste massacre humano? Ao torcedor que reclama: você gostaria de exercer uma profissão e ser chamado desta maneira? “Ah é uma pessoa publica”. Não justifica. Estupidez humana não é sinal de autencidade.

Se levarmos em conta agora os novos dados colocados na opinião público, o quadro ficou claro. Para a diretoria pontepretana, era preciso sofrer para depois sorrir.

Tiãozinho não avisou a torcida. Teve 45 minutos de entrevista coletiva e com perguntas pertinentes para expor o planejamento da diretoria e não fez nada disso. Ratificou o silêncio sobre o tema. Deixou o profissional ser fritado em fogo alto. Nenhuma coletiva, nenhuma declaração de apoio. Nada vezes nada.

O que custava comparecer e dar uma declaração de que a diretoria iria priorizar a Série B e que o Paulistão seria um laboratório, um aquecimento para a busca do “pote de ouro” da Série B. E o principal, que a diretoria já previa o baixo rendimento? Repito a pergunta: o que impediu? Qual foi o bloqueio?

Com seu silêncio, Tiãozinho dinamitou o trabalho de um profissional, que mesmo com falhas e erros, queria mudar a cultura do clube. Buscava um novo rumo. Internamente, ganhou respaldo e promessas mil; externamente, foi jogado aos leões. Lamentável.

(Elias Aredes Junior)