Boa Esporte atropela Guarani e conquista título da Série C

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Destruído na parte emocional e sem qualquer imaginação na parte ofensiva, o Guarani foi presa fácil para o Boa Esporte e perdeu a decisão da Série C por 3 a 0, em jogo realizado neste sábado no Estádio Dilzon Mello, em Varginha. Com o vice-campeonato, o Alviverde começa o planejamento da próxima temporada, que englobará a Série A-2 do Campeonato Paulista e a Série B do Brasileirão, a partir de maio.

A decisão, por sua vez, trouxe lições para o futuro. Uma delas é que vacilos não são permitidos. Toda brecha deve ser explorada. O Boa Esporte parecia ter aprendido a lição e desde os primeiros minutos aproveitou-se da marcação deficiente bugrina, especialmente Auremir que não conseguia acompanhar Daniel Cruz e Felipe Matheus e os zagueiros Leandro Amaro e Ferreira davam espaço. Consequência: o time mineiro inaugurou o placar aos 09min. Rápido e habilidoso, Rodolfo disparou pelo lado esquerdo, livrou-se da marcação adversária e rolou para a conclusão certeira de Braian Samúdio.

Nem deu para respirar. Apesar das chances desperdiçadas por Deivid e Fumagalli, o Boa Esporte ampliou aos 13min. Felipe Mateus carregou a bola pela meia direita e disparou um chute de fora da área e de curva. Golaço.

Não faltou boa vontade do Guarani. Wesley buscava a transição do meio ao ataque, Gilton lançou-se ao setor ofensivo e Eliandro tentava sair do cerco formado por Bruno Maia e Edson Borges. Não adiantou. Pelo contrário. O rebote ficava nos pés do oponente, determinado a puxar os contra-ataques pelos lados e que só não traziam bons resultados devido a ineficiência no último passe. “Entramos desatentos e não podemos ser assim. Depois, conseguimos criar. Vamos conversar para resolver o que devemos fazer para o segundo tempo”, afirmou o centroavante Eliandro antes do intervalo.

Vem a etapa decisiva e o que era ruim ficou pior. Um time fraco de imaginação e sem penetração na área adversária serviu de estopim da perda do controle emocional, o que desembocou aos 17min, quando Ferreira entrou em dividida com Rodolfo e o árbitro Marcos Mateus Pereira vislumbrou uma cotovelada no lance e expulsou o jogador bugrino. A partir daí, um espiral de loucura tomou conta do jogador, que empurrou o árbitro no chão, agrediu o volante Auremir e só foi retirado de campo por Leandro Amaro.

Destruído emocionalmente e quase sem poder de reação, o time bugrino ficou submetido aos contra-ataques do Boa Esporte, que quase chegou ao terceiro gol aos 35min, em chute perigoso de Rodolfo.

Nos minutos finais, o Guarani deu um último esforço, mas insuficiente para tirar o título do Boa Esporte, que fez o terceiro aos 47min, quando Kaio Cristian aproveitou o rebote dentro da área e deu números finais a partida.

Boa Esporte

Daniel;Leonardo, Edson Borges, Bruno Maia e Romano;Escobar, Itaqui, Fellipe Mateus (Kaio Cristian) e Braian Samudio (Tchô) ;Daniel Cruz e Rodolfo (Jean Henrique). Técnico: Ney da Matta

Guarani

Leandro Santos;Lenon, Ferreira, Leandro Amaro e Gilton;Auremir, Wesley (Denis Neves), Pipico, Fumagalli e Deivid (Régis); Eliandro (Genilson). Técnico: Marcelo Chamusca

Gols: Braian Samúdio aos 09min e Felipe Matheus aos 13min do primeiro tempo; Caio Cristian aos 47min do segundo tempo

Renda e Público: não divulgados

Cartões Amarelos: Auremir, Pipico, Romano

Cartões Vermelhos: Ferreira

Juiz: Marcos Mateus Pereira

Local: Estádio Dilzon Mello, em Varginha (MG)