Guarani e Ponte Preta melhoraram, pioraram ou ficaram sócios da estagnação nos últimos 12 meses?

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Neste primeiro ano de funcionamento de Só Dérbi uma pergunta é necessária: Ponte Preta e Guarani melhoraram, estagnaram ou pioraram nos últimos 12 meses? Sim e não. Não é para querer ficar em cima do muro ou ter uma postura vaselina. É a constatação de como o futebol é complexo, contraditório, dinâmico e surpreendente.

Eu posso apontar uma melhoria nítida no Guarani ao relatar seu acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, o pagamento de vários e vários débitos trabalhistas e o fato de que após quatro anos a equipe voltou a disputar uma final relevante diante do Boa Esporte. É impossível fugir da grande mobilização da torcida bugrina para Varginha, em que pese a violência da Polícia Militar. São boas notícias.

Entretanto, o mesmo Guarani encontra-se defasado na infraestrutura em relação aos concorrentes e ostenta números pífios tanto na questão do Sócio Torcedor como de sócios patrimoniais. As conquistas no futebol não embaçam a visão quanto a perda de uma revelação do porte de Wesley e a má campanha na Copa São Paulo. A briga entre Horley Senna e Roberto Graziano é prova incontestável de que o Alviverde, trôpego financeiramente, depende de um mecenas para caminhar com as próprias pernas. Nem que seja para ele tomar o estádio logo depois. O sonho e o pesadelo estão próximos no Guarani. Péssima noticia.

A Ponte Preta teve o que comemorar. O oitavo lugar no Campeonato Brasileiro, apesar da disparidade econômica em relação aos concorrentes é de se louvar. Contar com um dos artilheiros da competição, William Pottker com 14 gols é um feito e tanto se levarmos em conta a qualidade dos atacantes concorrentes. Salário em dia? Sim, é um dado comemorativo em virtude da crise reinante no país e no futebol nacional. Na Ponte Preta o mês tem 30 dias. Uma vantagem e tanto.

Cá entre nós: do que adianta este mar de boas noticias se a diretoria encontra-se divorciada da torcida e avessa a entrevistas? É possível desprezar e colocar no armário a desclassificação na Copa do Brasil quando o empate diante do Atlético Mineiro veio nos estertores? E a falta de ousadia responsável para contratar atletas de ponta e dentro do orçamento? Ouso dizer que as más notícias pontepretanas trabalham para anularem as boas novas do Majestoso.

Independente de sua análise e veredito sobre aquilo que prevalece no Brinco de Ouro e Majestoso algo é conclusivo: a construção dos sonhos nem começou.

(análise feita por Elias Aredes Junior)