Ponte Preta, um clube tratado como banca de feira. Por Marcos Sambo

1
1.880 views

Quantos rebaixamentos os times de Campinas têm nos últimos 20 anos (neste século, resumindo)? Eu não sei, mas acho que ninguém está em condições de rir de ninguém. Os dois times só entram nos campeonatos para cumprir tabela e negociar jogadores. O futebol campineiro virou um negócio para cartolas desinteressados pelas quatro linhas. Só isso.

Vocês, em sã consciência, perceberam que os finais de temporada sempre são trágicos? Mesmo as melhores, como o ano em que veio o vice da sul-americana, fomos rebaixados no Brasileiro.

Os últimos paulistas foram trágicos, sempre com ameaças de rebaixamento. Diretoria e Conselho Deliberativo não estão nem aí com o time, só correm quando a água bate na bunda.  Sabem por quê? Estão preocupados apenas com grana.  Cadê o dinheiro da venda do Camilo? Deve ter sido usado para pagar dívida, salários atrasados, direito de imagem, outras despesas e evaporou. Administrar um time como a Ponte Preto é ser aprendiz de tesoureiro, nenhuma criatividade, marketing beirando o amadorismo. Parecem quitandeiros cuidando de uma barraca de feira.

Os últimos patrocínios de camisa – incluindo a Adidas-, foram negativos. Ou não tinha uniforme, ou o preço era estratosférico ou a camisa não agradava. E essa Topper? Pela Amoorrr … Que bola nas costas nós tomamos.

Numa empresa privada, essa diretoria já estaria cantando em outro quintal e esses gestores de futebol no máximo cuidariam das categorias de base.

Por isso, ser campeão é um sonho que as torcidas insistem em manter e sem nenhuma explicação lógica. Somos uma nação, um grande navio, cujo leme é tocado por crianças brincando de barquinho de papel.

Não queremos virar um ex-time.

Mais respeito com a Nega Véia.

(Marcos Sambo é jornalista. Artigo Especial para o Só Dérbi)