Anaílson Neves pede licença de 30 dias no Guarani. Fica a tarefa: os bastidores precisam de um freio de arrumação

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Em comunicado enviado na tarde desta quinta-feira, o integrante do Conselho de Administração, Anaílson Neves anunciou que ficará afastado de suas funções no Guarani pelo período de 30 dias.

Segundo ele, a atitude foi a única maneira que encontrou para interrromper o instante sufocante pelo qual passa desde a saída do técnico Thiago Carpini no sábado passado. “(…)Tais ameaças incluem vandalismos ao clube que tanto amo e minha presença nesse momento acabariam por prejudicar a obtenção de tranquilidade que o clube tanto busca e necessita(…)”, disse em carta reproduzida no site oficial do clube.

Anaílson avisou que vai utilizar o período de afastamento para cuidar da família e provar sua inocência em relação as acusações feitas por Carpini, a de que ele estava com desejo de interferir no trabalho da Comissão Técnica.

Independente do desfecho, algo dá para concluir: a política influencia o andamento do Guarani. Por qualquer ângulo de análise, o drama é profundo. Não temos provas e nem testemunhos sobre a acusação do Carpini. Mas o Conselho de Administração sai péssimo em qualquer análise.

Se for verdade, é sinal que não há sintonia no discurso dentro do Conselho de Administração sobre a forma de tocar o futebol, visto que dirigentes e o executivo de futebol, Michel Alves, sempre enfatizaram que treinadores tiveram autonomia para trabalhar.

E se for inverídica a acusação? Primeiro Carpini fica sujeito a um processo por parte de Anaílson Neves. Só que não seria o caso de uma defesa enfática por C.A em relação a conduta dos seus integrantes?. Como um profissional saiu da agremiação e critica o patrão a céu aberto e ninguém faz nada?

Penso que o episódio pode servir de lição de todos. E servir como parâmetro ao Guarani, que precisa urgentemente encontrar o seu eixo na Série B do Campeonato Brasileiro.

(Elias Aredes Junior)