Análise: Guarani monta elenco de olho nas demandas do presente e o desejo de colher frutos no futuro. Leia e entenda

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Basta possuir critério e juntar as peças e você vai detectar o perfil do Guarani para a temporada, que engloba por enquanto Campeonato Paulista e Série B do Campeonato Brasileiro. Podemos cravar que os pilares serão construídos em cima do presente e do futuro.

O presente dá o norte para arregimentar atletas com boa relação custo-benefício e que possibilitem o Guarani ,na pior das hipóteses, viabilizar a manutenção na Série B e no Paulistão. Basta ver a lista de reforços pretendida. Os nomes divulgados engloba nomes como o goleiro Rafael Martins, do Brasil de Pelotas, o atacante Yago, o zagueiro Thales, além do armador Tony e Willian Rocha, com capacidade de atuar como volante ou zagueiro. Todos chegam recomendados ou pelo técnico Allan Aal, pelo  superintendente executivo Michel Alves ou pelos dois. Não tem aposta. O Guarani não quer errar. Se analisarmos que o clube tem limitações orçamentárias, não é uma decisão equivocada.

Existe o olhar no futuro. Encorpar o elenco com jogadores oriundos das categorias de base. Dois entraves são resolvidos. O primeiro é de evitar que lesões e suspensões acarretem na brusca queda no rendimento físico. Estes jogadores podem servir de mecanismo de arrecadação para aliviar os cofres do clube em médio e longo prazo. Assista o futebol exibido por Bidu e a decisão não é delirante.  A  lista de jogadores revelados nos corredores do Brinco de Ouro e estão no time profissional não é desprezível. Pelo contrário: Lucas Cardoso, Mateus Ludke, Bruno Bianconi ,Victor Ramon, Titi, Eliel, Bidú, Caio Henrique, Renanzinho, Wermeson, Matheus Souza e Alan Leite.

Mais do que atletas o Guarani tem garotos que receberam investimento e atenção. É preciso insistir na construção na carreira de todos eles. Se triunfarem no gramado, o Guarani fatura. Muito.

E tal estratégia já está embutida até no perfil do novo técnico bugrino Allan Aal.  “Trabalhei quase três  anos nas categorias de base do Coritiba. No último ano que trabalhei, quase 95% do elenco acendeu ao time profissional. Eu sei como se pensa e trabalha em categoria de base e sei o que é ser valorizado por um departamento profissional (futebol). Vamos oportunizar treinamentos com todos eles, mas é importante não só para mim ou para a base e sim principalmente para o Guarani”, afirmou.

Pode dar certo? Errado? Não se sabe. Mas é o caminho definido por Michel Alves. Que o Guarani abrace e dê respaldo.

(Elias Aredes Junior- foto de Thomaz Marostegan-Guaranipress)