Análise Ponte Preta: diante de tanta ineficiência, só resta prestar solidariedade ao armador João Paulo

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O futebol é capaz de gerar sentimentos. Na Ponte Preta as histórias parecem infinitas. Alguns atletas geraram revolta. Como esquecer o inconformismo do alambrado com o lateral-direito Marcos Rocha? Ou com o futebol pequeno demonstrado por Castor, Geronônimo ou volantes como Jadson ou o atacante Negueba?

Outros produziram frustração. Fabiano Gadelha chegou em meados de 2009 como grande esperança para levar a Macaca a divisão principal. Não jogou nada. O mesmo pode-se dizer do atacante Borges, autor de seis gols em 33 jogos no Brasileirão de 2015. Outro fracasso.

Claro que o lado reverso é verdadeiro. Existem torcedores com saudades de Renato Cajá ou do volante Fernando Bob. Produziram resultados e tiveram atuações inesquecíveis.  Impossível ignorar o gol feito por Bob, hoje no Boa Vista (RJ), no duelo contra o Veléz Sarfield, válido pela Sul-Americana de 2013. Ou as exibições de gala de Cajá em dérbis.

João Paulo, o atual camisa 10 da Macaca em 2020, viabilizou uma façanha: gera pena e compaixão das arquibancadas. Compaixão que significa sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem. Convenhamos: o atual time titular da Macaca é uma tragédia. Tenho certeza que o torcedor faria algo para ajudar João Paulo a explorar a sua capacidade.

Todos reconhecem seu talento e potencial técnico. Bola parada afiada. Visão de jogo poucas vezes vista. Tudo isso inserido em uma equipe bagunçada, sem imaginação e que atua de modo pragmático, frio, sem coração. Um time capaz de realizar 46 bolas longas (a chamada ligação direta) e acertar 20. Que troca 264 passes em 90 minutos contra 650 do oponente. Como o camisa 10 pode participar? É digno de pena e de ato solidário com o jogador.

Se João Brigatti ordenar o time e fazer com que João Paulo seja um protagonista de fato, metade de sua missão será cumprida. O que não dá é ver João Paulo ser tragado por uma estratégia de jogo tão errática e equivocada.

(Elias Aredes Junior)

4 Comentários

  1. Ola Elias , peço humildemente a sua ajuda e dos leitores, a Ponte Tem problemas eles sabem, e fica uma guerra. Como melhorar o clima, ambiente? Em uma campanha de uniao, jogadores e torcida , oferecendo por parte da torcida um voto de confianca, sao 3 jogos (em casa dois no Paulista e um da Copa do Brasil), precisamos lotar o majestoso, nestes jogos, que eles sintam a diferenca na arquibancada, onde a torcida faz a sua parte e esperamos mudanca de atitude da equipe. pode Nos Ajudar? Podemos fazer historia, imprensa e torcida e contagiam um time que pode render muito mais. Abracos Alexandre Magioni Jd Chapadao!

  2. Elias, João Paulo é afiado na bola parada??? Talvez ele possa ter sido afiado nos outros clubes que jogou, porque na Ponte ele é um fiasco no quesito de bolas paradas. Já dá pra montar uma sequência de seus melhores piores momentos….

    Jogo contra o São Paulo: 1o tempo, falta na intermediária no lado direito, defesa do São Paulo em Linha na risca da grande área aguardando bola cruzada, o que fez João Paulo? Ameaçou chutar, a defesa saiu deixando em impedimento os jogadores da Ponte e ele toca pro Bruno Rodrigues que estava ao seu lado, imaginei uma jogada ensaiada com Bruno Rodrigues cruzando, mas não, Bruno Rodrigues não esperava a receber a bola e imediatamente lhe devolveu e ele lá do ataque vira o corpo e dá um chutão recuando a bola pro Ivan.

    Jogo contra Vila Nova: 1) 1o tempo, falta do lado esquerdo próximo ao bico da área, agarra daqui e dali dentro da área esperando o cruzamento, o goleiro coloca um jogador de barreira apenas pra ter referência, o que faz João Paulo??? Simplesmente conseguiu chutar em cima do único jogador da barreira. Lance 2) Falta que gerou expulsão do jogador do Vila Nova, próxima a grande área lado direito, barreira armada com direito a jogador deitado atrás da barreira pra impedir chute rasteiro. O que fez João Paulo??? Chuta a bola a meia altura, jogadores da barreira pulam e a bola acerta a barriga de um jogador de defesa.

    Jogo contra Ferroviária: 1o tempo, escanteio do lado esquerdo, João Paulo cobra e a bola sai a meia altura próxima a 1a trave e de canela o defensor, que nem precisou tirar os pés do chão, afasta a bola da grande área.

  3. Elias, o retrospecto até pode ser bom, contudo a realidade, ao menos no quesito cobrança de faltas/escanteios, nos mostra que João Paulo na Ponte é ineficiente e diria até displicente. É simplesmente inadmissível que um jogador profissional cobre uma falta na lateral tendo um único jogador na barreira e consiga acertá-lo como ele fez na partida contra o Vila Nova.