Análise: protestos na Ponte Preta pressionam Ivan. Uma atitude insana e sem justificativa. E que pode gerar um preço amargo!

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João Paulo e Camilo nem bem desembarcaram e foram vitimas de atos de pressão por parte de torcedores pontepretanos. Inadmissível. Sem nexo. Se olharmos com maior cuidado, não há como entender a fúria sobre o goleiro Ivan.

Falhou no terceiro gol contra o Vitória (BA)? Concordo. No entanto, quantos jogos Ivan surgiu para salvar a Macaca do pior? Por quanto tempo ele precisou atuar com companheiros limitados tecnicamente e estava presente para salvá-los? Direcionar fúria em qualquer conjuntura é um erro descomunal. Contra Ivan, beira a burrice.

Pior: torcedores não entendem que tal postura podem prejudicar a Ponte Preta financeiramente. Delírio? Nada disso.

Vamos recapitular: Ivan só está até agora na Macaca porque deseja dar o salto profissional certeiro. Atuar por um clube de ponta do continente europeu e por consequência gerar bons recursos para a Ponte Preta, clube que lhe formou, revelou e abriu caminho para a Seleção Brasileira. Essa postura era respaldada porque era ídolo do clube e não era contestado. Nem pressionado. Ou seja, tinha o conforto necessário para pensar na próxima etapa.

Com o ato insano de sexta-feira, Ivan pode mudar de postura. Ou seja, aceitar a primeira proposta que ver pela frente, mesmo que isso custe a perda de um valor substancial para a agremiação que lhe projetou. E não adianta o torcedor reclamar se isso acontecer. Ninguém quer permanecer em lugar algum cuja ameaça física paira sobre o ar.

Moral da história: sob qualquer ângulo de análise a atitude destes torcedores na sexta-feira foi uma bela bola fora. E pode gerar mais frutos amargos em médio e longo prazo.

(Elias Aredes Junior)