A crise na Ponte Preta, a atuação nula da presidência do Conselho Deliberativo e o benefício gerado para Carnielli

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Impossível ignorar a tensão dos jogadores da Ponte Preta para o confronto de terça-feira, contra o Oeste, no estádio do Canindé. Não é fácil você buscar bom desempenho e no final ser premiado com ameaça ou agressões. Um baita pepino para o técnico João Brigatti administrar.

Os autores da balburdia foram condenados pela torcida. O quarteto formado por Sebastião Arcanjo, Vanderlei Pereira, Sérgio Carnielli e Gustavo Bueno não pode escapar das cobranças. Fato. E o Conselho Deliberativo presidido por Tagino Alves dos Santos? E a bancada de apoio a Carnielli nesta instância? Por que são inocentados ou esquecidos? Não justifica.

A confusão na saída do jogo contra o Vitória só aconteceu porque a Macaca apresenta um futebol confuso e desentrosado. Não brilha. E por que isso acontece? Porque o time foi obrigado a contratar mais de 10 jogadores durante o período da pandemia e reiniciar do zero. Objetivo da medida: corrigir o planejamento que gerou aquisições realizadas no Campeonato Paulista e que levaram a Macaca ao tormento do rebaixamento.

Ou seja, a Alvinegra gastou duas vezes em um período de um ano. Dinheiro jogado fora. Literalmente. Desperdício.

Pergunto: o que fez o Conselho Deliberativo? Não falo somente de encaminhamento de ofícios. São importantes. Só falo especificamente a condução de debates que façam levantar as hipóteses que levaram ao departamento de futebol ao atual estado de coisas. Ou chamar o colegiado de futebol para dar explicações sobre os erros de planejamento.

Eu respondo: nada. Absolutamente nada. E a bancada de apoio ao presidente de honra faz um silencio constrangedor. Por que ir as redes sociais e cobrar o atual técnico, jogadores e o atual presidente é cômodo.

Todo mundo sabe que até hoje nada é feito na Ponte Preta sem a anuência ou consulta a Carnielli. No fundo, no fundo, ele é condutor do barco ao lado de Vanderlei Pereira. Fato. Podem negar. Mas que essa é a realidade, isso é.

Vamos falar a real: Carnielli influencia pelo medo. Ninguém quer contrariá-lo. Contestá-lo. Nem ele e seus auxiliares mais próximos. Receio de suas reações emocionais. Resultado: uma instituição que pelo estatuto deveria zelar pela excelência de gestão, fica amedrontado por causa da reação de uma única pessoa.

Enquanto o torcedor da Macaca não sentir confiança em suas instituições, atos inconsequentes como os de sexta-feira serão cada vez mais normais.

(Elias Aredes Junior)