Balanço da década na Ponte Preta: Renato Cajá fez a diferença. Em dois acessos. E ele lidera a seleção do período

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O que dizer sobre um jogador protagonista de dois acessos pelo mesmo clube?  Falamos de Renato Cajá. Xodó do torcedor pontepretano e o principal jogador da Macaca neste século, apesar das duas passagens frustrantes no Brasileirão de 2017 e na Série B do ano passado.

Diga-se de passagem que nas duas vezes o atleta, atualmente no Juventude, chegou pressionado para resolver e fazer a diferença.

Na primeira vez, em julho 2011, Cajá integrou-se ao elenco comandado por Gilson Kleina após passagem frustrante no Campeonato Chinês. Não negou fogo. Marcou cinco gols e um deles foi antológico, no dérbi realizado no Brinco de Ouro, no segundo turno e vencido pela Alvinegra campineira por 3 a 0.

Três anos depois, em 2014, a história foi repetida. Ele desembarcou em Campinas em agosto para fazer dupla com Adrianinho. Fez quatro gols e foi o garçom ideal na construção de jogadas para o complemento de Alexandro , com 12 gols e principal artilheiro da equipe.

Em determinada ocasião, este jornalista cunhou o apelido de Tim Maia em Cajá. Nunca existia garantia de que ele apareceria para o “show”. Nesta década, não há o contestar: o índice de presença foi altíssimo.

E é por isso que ele fará parte desta seleção da década que passamos a enumerar. Confira:

Ivan: Ágil, reflexo puro e levou o nome da Ponte Preta à Seleção Brasileira. Não poderia ser outro;

Rodinei: Esqueça o atleta atrapalhado de Flamengo e Internacional. Na Ponte Preta, o atleta era puro vigor e desequilibrava.

Cleber: Também apague o zagueiro atual. Falo do Kleber de 2012, 2013. Um paredão.

Pablo: Pura técnica e boa colocação. Não foi à toa que chegou ao futebol do exterior.

Uendel: Jogou em alto nível. E sua presença na seleção justifica-se por uma ausência. Se ele estivesse em campo na final da Copa Sul-Americana, a história seria diferente.

Fernando Bob: Bom passe, classe na saída de jogo e uma elegância na coordenação de jogadas.

Josimar: Morto no acidente aéreo da Chapecoense em 2016, sua passagem na Ponte Preta foi marcante. Uma das peças chaves para o acesso em 2011

Renato Cajá: Camisa 10 na acepção da Palavra. Técnico, habilidoso e decisivo.

Felipe Bastos: Um dos protagonistas na Sul-Americana de 2013. O motor da equipe.

Adrianinho: Teve altos e baixos na década. Mas o simbolismo e vinculo com a torcida é tamanho que foi impossível ignorar sua presença. Em muitos jogos foi o motor técnico e emocional da equipe no gramado.

Luan: Com sua característica a Macaca teve muitos: Potkker, Clayson, Lucca, André Luis…Mas o Menino Maluquinho teve um desempenho explosivo no Brasileirão de 2013. Ajudou a Ponte Preta a ganhar jogos. E depois rendeu dividendos com sua venda ao Atlético Mineiro.