Especial: O que seria do amor sem a Ponte Preta?

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Eu não conheço nada mais impactante do que amar uma pessoa. E ser correspondido. Falo do amor incondicional. Daquele que em um primeiro momento tira o seu fôlego e no segundo seguinte apaga a tempestade na alma. Tudo isso é substituído por águas calmas. Existe algo melhor? Não existe. Pode apostar.

O amor capaz de brotar planos da sua mente. Que constróe e faz a gente almejar objetivos em comum.  Amor, amor, amor. O início de tudo.

E quando esse sentimento é conectado pelo futebol? Andar de mãos dadas na arquibancada, trocar um selinho na frente do estádio ou abraçar a pessoa amada a cada gol, vitória e conquista definitiva. Celebrar o êxtase dos três pontos do seu time e ao lado de quem decidiu repartir tudo contigo: derrotas, tropeços, reviravoltas, sentimentos nobres ou obstáculos que à primeira vista parecem intransponíveis.

Confesso, eu tenho inveja do pontepretano ou da pontepretana que vai romper a estrada rumo a Ribeirão Preto para ver a Macaca encarar o Comercial de Ribeirão Preto. Para alguns, uma aventura inconsequente; para outros, uma declaração de amor incondicional. Se estiver acompanhado da pessoa com qual  trocou alianças é um momento indescritível.

Pense. Imagine. Projete na sua mente. As filas intermináveis e o seu amor está do seu lado; filas intermináveis, a confusão no estádio, mas você está protegido pelo afago, pelo afeto ou o abraço de quem você ama. Quando menos espera, toda aquela bagunça não significa nada. Tudo vale para acompanhar a Ponte Preta. É o tempo para trocar olhares e vislumbrar o infinito.

Não são palavras jogadas ao vento. Não é conto da carochinha. O que está descrito neste texto é puro, real, cristalino. A prova? Encontram-se em toda a parte.

Para comprovar a tese, eu quero descrever dois casos de como a Ponte Preta pode ser uma conexão de almas. Quem vai ao estádio Moisés Lucarelli e conhece os seus frequentadores já esbarrou com o casal Alceu e Rosana Grigoleto. Pontepretanos doentes, eles não são duas pessoas. É uma só. Pensamentos, vibrações, objetivos de vida e a Ponte Preta. Tudo em uma única direção. Um cometa de força intensa dirigida a Macaca. A Ponte Preta não é algo perdido neste elo. É começo, meio e fim.

Assim também é a vida de Andrea Belletti e William. Belletti talvez tenha sido a torcedora da Ponte Preta mais influentes das redes sociais. Cobrava, comemorava, chorava ou se desesperava. Tudo ao mesmo tempo agora. Era intensa, borbulhante. Algum tempo depois, as suas redes sociais que eram um verdadeiro tsunami viraram uma praia de Paquetá em dia de sol.

Tudo calmo.

Nada se encaixava. A explicação apareceu: o amor veio. E não poderia vir de outro local, senão a Ponte Preta. Ou seja, ela se apaixonou e casou com um torcedor.

Piegas, bregas, sem nexo. Talvez você tenha  criticas a fazer a esta reflexão. Peço que baixe a guarda. Neste período em que a Ponte Preta decide sua sorte na Série A-2, torcida e pensamento positivo serão insuficientes. Ouso dizer: até um bom futebol ficará incompleto sem amor.

Não basta sentimento nobre pelo clube. Sabe quando você constróe algo com a pessoa ? Lembra dos planos feitos antes de dormir? Ou quando a esposa ou o esposo fica à espera no ponto de ônibus quando você chega tarde da escola ou do trabalho? Todas essas cenas resumem o que é cumplicidade. Atitude necessária para a Alvinegra campineira.

Faça o que se espera de uma linda história de amor: para o sábado, compre os ingressos, deem-se as mãos, peguem o carro e participem de uma  caravana e desfrutem daquilo que o futebol proporciona quando a gente gosta e quer ficar com alguém do nosso lado.

E na terça não pense duas vezes: abrace, converse ao pé do ouvido, chame o seu amor para o Majestoso. Continue a construir esta história de amor. Perpetue o legado construído a quatro mãos. E participe de uma história de final feliz junto com a Ponte Preta na Série A-2.

(Elias Aredes Junior-foto Divulgação-Facebook)