Guarani e Ponte Preta querem Lucas Braga. Por que não pensaram antes?

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As noticias não podem ser apenas consumidas. Devem ser analisadas e interpretadas. Guarani e Ponte Preta querem a contratação de Lucas Braga, atacante de 23 anos cujo os direitos pertencem ao Santos e que atuou no Paulistão e com boa performance na Internacional de Limeira, quando atuou nos 10 jogos feitos na competição.

Pegue o seu currículo e verifique que ele já teve bom desempenho no ano passado com a camisa do Cuiabá pela Série B do Campeonato Brasileiro. Revelado pelo J. Malucelli, o atleta teve passagem pelo Luverdense.

Fiz este preâmbulo para dizer que os clubes de Campinas padecem de uma falha estrutural e que já registramos há anos: a demora em detectar jogadores de bom potencial técnico em clubes menores e que podem servir para acrescentar qualidade ao time titular.

Pegue o exemplo de Lucas Braga. Ele já tinha aparecido pelo Cuiabá. Time montado pelo atual superintendente executivo do Guarani, Michel Alves. Nesta ano, o jogador preferiu atuar a parte inicial do ano na Internacional de Limeira, dotada de um calendário muito inferior da dupla campineira. Um ou outro pode ter tido interesse e a negociação ter naufragado por causa de outros interesses. Pouco importa. Dificil engolir.

Pense: a Ponte Preta tem na sua plataforma de disputa o Paulistão, Série B e Copa do Brasil para 2020. O Guarani, mesmo com Paulistão e Série B teria a previsão de fazer, no mínimo, 50 jogos na temporada. Como a dupla campineira perde um jogador diante de um cardápio tão vasto? Ou seja, vitrine de janeiro a dezembro. Claro, tudo isso antes da pandemia.

O interesse não deveria ser motivo de expectativa por parte dos torcedores e sim de revolta pela lentidão dos dirigentes. Competência, velocidade e perspicácia precisam andar juntas no futebol do Século 21.

(Elias Aredes Junior)