Ivan, Aranha e Carlos: os goleiros que fizeram história na Ponte Preta no período 1980-2020. Qual a sua visão?

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Hoje comemoramos o dia do Goleiro. Acompanho futebol desde 1980 e posso cravar com segurança que é difícil escolher o melhor que ocupou esta posição na Ponte Preta. Uma escola para a posição. Poucas foram as vezes que o titular da camisa 01 saiu como vilão do gramado. Detalhe: geralmente quando a Macaca dava a titularidade para alguém que não fosse revelado pelo clube o fracasso era certo.

Escolhi os três que se destacaram neste período. Lógico, todos podem e devem opinar. Cada um tem sua visão a respeito daquilo que foi feito . Mas diante dos meus critérios e observações ao longo do tempo eu não tenho receio em escolher o jovem Ivan como o terceiro melhor que apareceu nos últimos 40 anos. Ágil, boa colocação, convocações para Seleção Brasileira e protagonismo em instantes decisivos. O time não correspondeu? O problema não é dele. Pode ir embora a qualquer momento (dizem que o Flamengo está interessado!) mas seu papel foi cumprido. Com louvor.

Segunda colocação? Aranha. Além formado na Macaca teve papel fundamental par a Macaca chegar a decisão do Campeonato Paulista de 2008. Rodou o pais, fez história e depois retornou em instante delicado da Ponte Preta na Série A, em 2016 e fez partidas memoráveis. E com um detalhe: um goleiro negro que nunca negou suas origens, participou de lutas e ajudou a Ponte Preta a reforçar a sua característica de luta contra a discriminação racial.

E o melhor? Sem parar para pensar: Carlos. Tive a sorte de pegar o final de sua trajetória na Ponte Preta. Ele estava lá, em 1981, quando a Ponte Preta venceu o Guarani na decisão do primeiro turno. Fez incontáveis partidas e de quebra representou a Ponte Preta não só em 1978 mas também na Copa da Espanha em 1982. Não há concorrentes. Merecidamente.

(Elias Aredes Junior)