Quando foi contratado pelo Guarani para as disputas da temporada de 2021 do futebol Brasileiro confesso que fiquei de nariz torcido com a contratação de Julio César. Até por seu histórico apagado em outros clubes e pela passagem opaca pela Ponte Preta. Um jogador, á primeira vista, com a cara e o perfil do Guarani nestes tempos bicudos e de carteira vazia.
Na gestão de Allan Aal, uma primeira característica positiva foi verificada, a entrega total no gramado. Sem brilho técnico, mas com um senso de conjunto poucas vezes vistas. A tendência foi reforçada com o técnico Daniel Paulista.
Na partida contra o Remo, apesar das adversidades, Júlio César demonstrou um sentido tático apurado, com uma capacidade de marcação que, muitas vezes supre as deficiências do lateral-esquerdo Bidu.
Contra o Brusque, longe de ser um craque, mas com entrega e inteligência, a movimentação de Julio César confundiu a zaga e abriu espaço para que Régis pudesse fazer as infiltrações e desequilibrar a partida. Não fez gol, mas foi precioso.
A imprensa, torcida e talvez os próprios dirigentes serão forçados a mudar sua avaliação sobre Júlio César. Um operário da bola. Que faz os engenheiros brilharem. No futebol, é um ativo precioso.
(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guaranifc-Divulgação)
