Rafael Martins, um goleiro e um cidadão consciente. Sorte do Guarani!

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Quando comparecemos a uma entrevista coletiva, a expectativa é arrancar alguma declaração diferente, criativa ou que fuja do padrão.

Ou que demonstre capacidade dos jogadores e todos envolvidos no futebol de fugirem do lugar comum.

Asseguro que, quando tal cenário vire realidade, o profissional sente-se satisfeito. Mesmo que o efeito prático não seja impactante. Saí com essa sensação após ouvir as declarações do goleiro Rafael Martins a respeito da vacinação destinada a atletas profissionais.

O arqueiro demonstrou um atributo ausente no futebol: empatia.

Teve solidariedade com amigos e parentes das mais de 452 mil pessoas vitimadas pela doença. E para arrematar fugiu do individualismo reinante no esporte ao deixar claro que, para ele, a vacina deveria ser destinada primeiramente para camadas da população mais prioritárias ao invés dos jogadores de futebol. Cidadania na veia.

Reconheço: a postura é rara. Seja o atleta de clube pequeno, médio ou grande. Deveria ser assim. Se o jogador de futebol tivesse consciência do seu alcance e influência, certamente o Brasil teria um debate na opinião pública muito mais rico e inclusivo. Um dia muda.

(Elias Aredes Junior)

Confira abaixo o áudio da entrevista coletiva