O fim da trajetória de Roger nos gramados. Acima de tudo, um personagem fascinante para o futebol

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Roger pendurou as chuteiras. Colocou a camisa da Internacional de Limeira no armário e virou gerente de futebol.

Com o capitulo encerrado, é a hora de realizarmos um balanço de sua carreira.

Que tem a Ponte Preta como personagem principal.

Os feitos são inquestionáveis. Foram 201 jogos ao todo com a camisa da Macaca, com 67 gols. Goleador do século. Superou Washington com 59 tentos anotados. Ficou apenas a três gols de empatar com Jorge Mendonça, com 70 e que atuou na década de 1980.

No Guarani, o centroavante atuou em seis jogos antes de ser emprestado ao futebol japonês. Dos gigantes do futebol brasileiro, considero exitosa sua passagem pelo Botafogo.

Ou seja, é uma atleta com história e marca. Legado e fatos marcantes. Bons e ruins. Para quem aprecia o futebol na sua plenitude, Roger fará falta. Aqui, neste espaço, ele foi criticado e elogiado. Noticiado e acompanhado. E a torcida pontepretana, diga-se, sempre teve interesse.

Dá para afirmar com segurança que futebol deixa de contar nos gramados a partir desta segunda-feira um dos personagens mais humanos e intensos.

Que expõe suas virtudes e seus defeitos de modo claro e cristalino. Que por causa desta postura tomou atitudes por vezes impensadas e o colheu prejuízo para si. Simultaneamente, é impossível ignorar a linda história de vida de sua família. Seja a origem na Vila Rica, a luta dos pais e o testemunho de vida que confere ao falar da filha.

Dentro desta trilha de humanidade, Roger assume um cargo diretivo na Internacional de Limeira. Será vidraça. A carga de críticas será maior. Vai acertar e errar. Não há como ignorar o ato corajoso.

Os gramados perderam um jogador com história e um personagem fascinante.

(Elias Aredes Junior)