Três zagueiros na Ponte Preta e a lição: é preciso continuidade!

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Santo de casa não faz milagre. Apesar de ter salvado a equipe do rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro e de ter levado a Macaca as quartas de final do Paulistão, João Brigatti ainda é contestado.

Não foram poucos o que lotaram as redes sociais para requisitarem a sua saída. Injusta. O saldo é positivo. Erros? Evidente que existem. Ele também tem sua cota de responsabilidade na vexatória derrota para o Palmeiras. 

Só que precisamos ter em mente que quando raciocinamos sobre um jogo de futebol levamos uma vantagem tremenda em relação ao treinador que está a beira do gramado, no ápice da tensão e com a necessidade de tomar decisão em questão de segundos. É uma diferença relevante.

Sua decisão mais contestada foi a entrada de Matheus Silva no lugar de Luis Haquin. Ele disse que a providência foi tomada com base naquilo que assistiu contra o Corinthians. Sim, a base de comparação é válida. Afinal, deu certo contra uma potência do futebol brasileiro. Calma. Nem tanto.

Quando você atua com três zagueiros, é essencial a sincronia entre os integrantes do sistema defensivo e os alas. Sem contar a necessidade de cobertura nas jogadas de contra-ataque. Como isso é obtido? Com a repetição de escalação. O sistema deu certo não pelo mecanismo em si, mas porque na maioria das vezes o trio escalado foi formado por Nilson Junior, Castro e Luis Haquin.

Para o falecido técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, conseguir fazer história com o Mogi Mirim no periodo de 1991 e 1992, muitos amistosos e jogos oficiais tiveram que contar com o trio formado por Polaco, Ildo e Luís Carlos. Em 2002, Felipão fez alterações no meio-campo para frente mas não abria mão de Edmilson, Roque Junior e Lúcio na defesa.

Que fique a lição: o esquema com três zagueiros hiper válido desde que a continuidade envergue a camisa 10.

(Elias Aredes Junior-com foto de Fábio Menotti-Sociedade Esportiva Palmeiras)