28/04/1948: as histórias e fatos do primeiro dérbi noturno e realizado no estádio da Mogiana

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Sempre é bom viajar no tempo. Recordar histórias saborosas. O clássico entre Ponte Preta e Guarani tem várias. Responsáveis por eternizar o jogo com um dos graus mais altos de rivalidade no Brasil.

Nesta terça-feira, dia 28 de abril, completam-se 72 anos da realização do primeiro jogo entre bugrinos e pontepretanos disputado no período da noite. Era um confronto válido pela Taça Cidade de Campinas, que além das duas equipes, também englobava o Mogiana, cujo estádio sediou o confronto.

Eram outros tempos. Campinas tinha aproximadamente 150 mil habitantes e vivia a instalação da primeira Câmara de Vereadores na cidade desde a instituição do estado Novo de Getúlio Vargas, ditadura interrompida com a escolha do general Eurico Gaspar, em 1945.

E no gramado? Bem, ali a coisa ferveu. O tempo inicial teve a construção da vantagem pontepretana por 2 a 0.  No intervalo, o então presidente do Guarani Romeu Tortima deu uma chamada geral e ameaçou utilizar a cinta para corrigir os seus jogadores se eles não conseguissem o triunfo.

A “ameaça” deu resultado. O Guarani venceu por 5 a 2 e após a partida, o presidente pontepretano Ayrton José do Couto não pensou duas vezes e demitiu o técnico Agnelli.

Para a tristeza do torcedor pontepretano na ocasião, a medida não surtiu efeito. No dia 11 de julho do mesmo ano, a Macaca para o eterno rival por 4 a 3 e depois, no dia 26 de setembro, logo depois da inauguração do Majestoso, o Alviverde venceu por 1 a 0. Os dois duelos foram válidos pela divisão de acesso da Federação Paulista de Futebol. Nova vitória pontepretana ocorreu no dia 07 de abril de 1949, em partida válida pela Taça Cidade de Campinas e que terminou com o placar de 3 a 2.

No jogo do dia 28 de abril de  1948 , o Guarani jogou e venceu com: Sabá, Landinho e Gritta; Godê, Luiz de Almeida e Zico; Alemão, Piolim, Zuza, Xavier e Dico.

Já a Ponte Preta atuou com: Fia; Alcides e Stalingrado; Rodrigues, Gaspar e Nego; Damião, Bruninho, Pedrinho, Cacique e Armandinho.

Os gols pontepretanos foram anotados por Bruninho no primeiro tempo. O Guarani começou a reagir com Alemão e Piolim. . Na etapa decisiva, o Guarani marcou com Alemão e com  dois de Zuza.

Os dados desta reportagem constam da monografia “Derbi Campineiro” de autoria de Vitória Luis Oliveira Zago e apresentado na especialização em jornalismo esportivo do Labjor da Unicamp em 1997. As informações da ficha técnica são de autoria de Fernando Pereira, José Ricardo Lenzi Mariolani e Celso Franco e estão presentes no site Planeta Guarani, de responsabilidade de Marcos Ortiz.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)

 

(Elias Aredes Junior)

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