Em texto publicado em rede social, Anaílson Neves defende-se de acusações do ex-técnico bugrino Thiago Carpini

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Em uma publicação em suas redes sociais, o integrante do Conselho de Administração, Anaílson Neves, publicou um texto em que se defende das acusações feitas pelo ex-técnico bugrino Thiago Carpini.

Confira a íntegra do texto logo abaixo:

Carta aberta aos amigos.

Devo essa resposta a vocês amigos, como fui citado levianamente, não usarei as redes sociais oficiais do Guarani.
Cheguei ao Guarani como diretor comercial convidado pelo presidente Horley no final de 2014.

Muito rápido veio comigo dezenas de patrocinadores, dentre novos e antigos que muitos pela primeira vez investiram no futebol, sofremos todo tipo de luta no início da gestão, leilões, penhoras e um passivo gigantesco, isso é matar um leão por dia. Assim caminhou o ano de 2015.

A pessoa que me acusa era atleta na época, com seu contrato terminando no final do ano de 2015, teve um pedido especial então do nosso maior ídolo do século atual, “meu camisa 10 que vai morrer bugrino” pediu uma chance em nome dele por mais um contrato para o atleta acusador, a diretoria atendeu o pedido e a responsabilidade que chamou pra si.

O time não foi bem no Paulista de 2016, houve mudanças no final do campeonato, fui convidado então para sair do cargo de diretor comercial e assumir o cargo de superintendente de futebol. Não tinha experiência alguma na função, mas tinha a confiança de quem estava chegando e um excelente executivo de futebol foi contratado.

Entendemos que não era momento do atleta acusador permanecer, fato mesmo aconteceu com seu parceiro de zaga que também foi dispensado, e de bom carácter, é meu amigo até hoje. A decisão foi acertada, o elenco novo deu certo, os zagueiros novos foram artilheiros na competição e conseguimos o acesso em um ano memorável para nosso eterno ídolo e camisa 10, ano de grandes jogos e viradas jamais esquecidas pelo torcedor bugrino.

Permaneci em 2017 como superintendente de Futebol até a metade da competição nacional, deixei o cargo e logo depois voltei para o cargo de diretor comercial que é realmente a área que gosto de atuar. Por mais uma vez pude ajudar com inúmeros patrocinadores em 2018 e comemorar o título e o acesso de 2018, um time montado por L D e um empresário parceiro na época na gestão Palmeron.

Ao mesmo tempo naquele ano prestei serviços a outros clubes do Brasil, me afastei por vontade própria no segundo semestre de 2018 e fiquei auxiliando um pouco mais de longe, toda vez solicitado eu estava pronto para ajudar.

Passamos um susto no final de 2019, o time estava quase rebaixado, nosso camisa 10 se tornou superintendente de futebol, trouxe o acusador como auxiliar fixo da casa, quando não sobrou mais ninguém ele assumiu como treinador e com muita dedicação de um elenco sensacional o time escapou da degola.

O acusador foi efetivado no cargo, e obviamente torci o tempo todo por ele e pelo clube, afinal nunca tive nada contra ele, aliás tenho até presente dele guardado até hoje na minha coleção de camisas, e comemorei cada ponto conquistado pra escapar do rebaixamento. Eu amo o Guarani, e vocês amigos que estão lendo essa carta sabem disso, há anos venho sacrificando minha família por essa paixão.

O ano de 2020 começou, as eleições foram tumultuadas no Guarani, fui candidato eleito para o C A, sabia que teria que viver em paz com o acusador, ele tinha livrado a equipe do rebaixamento, tem seus méritos e um bom campeonato paulista inclusive vencendo um Dérbi e chances reais de classificação até a chegada da pandemia. Foram 4 meses de paralisação do futebol, nos cruzamos e nos respeitamos todas as vezes que ficamos frente a frente. Fizemos uma divisão de pastas de trabalho no C A (conselho de administração) cada membro responsável por um setor, eu fiquei com dois deles, setor administrativo e setor financeiro, venho exercendo meu papel, assim como combinado.

O setor de futebol está com o Presidente e com o executivo de futebol, eles nos comunicam das contratações e as vezes pedem opiniões, logicamente que sempre dei as minhas opiniões, e também como membro do C A eu fiz alguns questionamentos, óbvio além de profissional sou torcedor e quero o melhor pro Guarani.

Nunca entrei no vestiário, local trabalho do acusador pra falar com qualquer atleta ou com qualquer membro da comissão técnica, nunca me dirigi a palavra ao acusador, jamais dei opinião em alguma escalação.

Questionei para o presidente e o executivo de futebol porque de algumas aberrações, não gostei da invenção do jogo contra o botafogo e contra a chapecoense, não gostei de perder alguns atletas sem dar chance de jogar, mas nunca diretamente ao acusador. O mesmo foi dispensado por falta de resultados em uma decisão unânime do C A, nunca torci contra ele, aprovei tudo o que foi pedido pra mim, evitei qualquer tipo de confronto com ele pois sabia da mágoa ou rusga do passado que ele mesmo disse.

Desejo que o acusador mude a postura de profissional em seu próximo trabalho e que siga em paz sua vida, e não transfira a responsabilidade de resultados ruins para outras pessoas.

Não é a primeira vez que faz isso, que ele aprenda ter mais humildade e gratidão, nunca será dono de um clube, o futebol é assim, é bem pequeno o meio, todo mundo sabe quem é quem, se não sabe, logo fica sabendo, bola que segue, Ao meu amigo meu camisa 10 que vai morrer bugrino, sou seu fã, meu preparador de goleiros e preparador físico fixo da casa, lamentei muito a saída de vocês na época sou fã de vocês.

Que o novo treinador tenha sucesso, acredito que temos um elenco fantástico e competitivo para brigar por coisas boas nesse campeonato, desejo boa sorte, estou na torcido, assim como sempre estive. Serei sempre + Futebol e lutando por um Guarani melhor.

Atenciosamente, Anailson Neves”