Guarani e os seus destaques contra RB Bragantino: não dá para ser solista em uma orquestra desafinada

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Você já esteve em um jardim. Certamente. Ou em um terreno baldio sujo e sem o minimo cuidado. Nestas ocasiões, a natureza oferece um brinde, que é a de florescer árvores e flores no meio do caos. Já presenciei.  Mas este presente tem data de validade. Se você não for dedicado e atencioso ao local e não fizer uma limpeza meticulosa nada vai adiantar e aquela árvore vai morrer. 

No futebol não é diferente. Jogo coletivo em que é preciso a dedicação, superação e aparição de todos. Em algumas ocasiões sete ou oito jogadores em má fase técnica ou mal escalados e submetidos a uma estratégia equivocada podem vivenciar prejudicar aqueles que estão com boa produção.

Na derrota do Guarani para o Red Bull Bragantino torcedores e cronistas esportistivos elogiaram Richard Rios, o lateral-esquerdo Jamerson, o jovem Rafael e o atacante Bruninho. Todos estes nomes tiveram os seus momentos de brilho. E que não adiantou nada.

Os outros companheiros não ajudaram e a estratégia do treinador colocou tudo a perder. Apesar da pressão nos minutos finais, o inventário do restante do jogo era o pior possível: marcação falha, facilidade do oponente para penetrar na área e ausência de articulação constante no meio-campo. São tantos problemas que a boa atuação dos três bugrinos deixaram eles como e coadjuvantes.

Está neste contexto um ótimo argumento para Mozart rever as suas ideias e convicções. Na atual realidade, o seu esquema faz com que três ou quatro joguem bem enquanto que o restante produza de maneira satisfatória. O ideal é que todos produzam em campo e consigam as vitórias.

Do jeito que está,  o que temos são solistas que atuam em uma orquestra desafinada. Não dá.

(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)