Ponte Preta e a busca por fornecer um cardápio minimo ao torcedor. Vai conseguir?

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Aprecio utilizar analogias. Elas são ideais para explicar situações e de quebra esclarecer os receptores das mensagens. Vou utilizar este expediente para tentar esmiuçar o quadro vivido na Ponte Preta.

A Ponte Preta não agrada seu torcedor. Fato. Oscila muito nos 90 minutos. Sua estratégia na parte ofensiva é pobre e sem imaginação. Felipe Moreira, o treinador, é detonado nas redes sociais. Sua popularidade é quase zero.

A diretoria vai na contra mão e aposta nele. Considera de que pode crescer em produção e capacidade. Pode se reinventar. Além de ser uma opção mais barata. Mas a rejeição é quase definitiva. Considero dificil de ser modificado. Por que junta-se a resistência ao presidente com o pessimo desempenho de Felipe Moreira nas entrevistas coletivas. Além da dificuldade de transmitir suas ideias, a sua postura transmite um ar de superioridade e que afasta  o torcedor.

Nem tudo é ruim. Ou desastroso. A Macaca teve bom desempenho no primeiro tempo contra o Sport até a expulsão de Fábio Sanches. Encontrou a sua formação ideal: Caíque França, Weverton , Fábio Sanches, Mateus Silva e Artur; Felipinho , Léo Naldi, Ramon Carvalho e Elvis ; Pablo Dyego e Eliel. Uma equipe que misturou técnica, velocidade, habilidade e dinamismo, encarnado em Felipinho. Sairam algumas triangulações, ultrapassagens e variações de jogo.

É o ideal? Não. Mas seria um bom começo. Comprovou que pelo menos um prato o chef Moreira sabe fazer: arroz, feijão, salada e ovo frio. Agora sem Fábio Sanches, suspenso, e com as lesões de Felipinho, Jeh e Pablo Dyego a duvida fica no ar: será que Moreira terá capacidade de montar um outro prato? Ou vai deixar o torcedor novamente passar fome, sem apresentar um ingrediente novo? Essa é a pergunta a ser respondida antes da partida contra o Atlético-GO.

(Elias Aredes Junior-com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)